Adicto (part. Tainy y Anuel AA)

Relação tóxica e desejo em "Adicto (part. Tainy y Anuel AA)"

"Adicto (part. Tainy y Anuel AA)", de Ozuna, aborda a dependência emocional usando a metáfora do vício para ilustrar um relacionamento intenso e difícil de romper. O refrão, "Bebé, yo soy adicto a tu piel / Siempre vuelvo a caer aunque quiera romper" (Bebê, sou viciado na sua pele / Sempre volto a cair mesmo querendo terminar), mostra como o desejo e a saudade funcionam como uma droga, trazendo prazer e sofrimento ao mesmo tempo. A música explora o conflito interno de quem reconhece que a relação faz mal, mas não consegue se afastar, preso em um ciclo de prazer e dor.

A letra mistura confissão e sedução, com o personagem dividido entre tentar esquecer e se render ao desejo. Versos como "No hay por qué seguir mintiendo / El tiempo 'tá corriendo y no se puede parar" (Não há por que continuar mentindo / O tempo está passando e não pode ser parado) e "La soledad me sigue consumiendo / Ma', te 'toy extrañando, no lo puedo negar" (A solidão continua me consumindo / Amor, estou sentindo sua falta, não posso negar) evidenciam o sofrimento causado pela ausência. Já trechos como "Mamita rica cuando te desvisto" (Garota gostosa quando te dispo) e "Lo que yo hago contigo ya es instinto" (O que faço com você já é instinto) destacam o lado carnal e impulsivo do relacionamento. O duplo sentido do vício — emocional e físico — reforça a dualidade entre o que faz mal e o que dá prazer. O videoclipe, ao mostrar a ausência da pessoa amada, amplia a sensação de vazio e desejo, tornando "Adicto" um retrato direto de relações tóxicas que viciam.