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Letra

    Ao nó da gravata apertada
    À poça no asfalto da esquina
    Às quinas do móvel da sala
    À meia que nunca combina

    Ao tombo do pão com manteiga
    À velha azeitona assassina
    À carta que volta e não chega
    Ao leite caído da tina

    Ah! Tem dó
    Tem pena de mim
    Já pedi para São Bento para me ajudar
    Já pedi pra Santa Rita pra me abençoar
    Pra Buda, Maomé e para Oxalá

    Ao gás que te deixa na mão
    Ao verso que nunca se rima
    Ao bolso que não vê tostão
    À prosa que nunca termina

    Às segundas-feiras que chegam
    Aos trotes que enganam a bina
    Aos brindes que dão sem que bebam
    Às balas que vêm com anilina

    Ah! Tem dó
    Tem pena de mim
    Já pedi para São Bento para me ajudar
    Já pedi pra Santa Rita pra me abençoar
    Pra Buda, Maomé e para Oxalá

    À empada que vem sem recheio
    Ao tolo que jura que ensina
    Às taças que racham ao meio
    Ao cheiro da vã lamparina

    Ao dente que cai no domingo
    À fome da fé nordestina
    Ao chato que chega sorrindo
    Ao clero que suja a batina

    Ah! Tem dó
    Tem pena de mim

    Composição: Felipe Saleme / Pablo Bertola. Essa informação está errada? Nos avise.

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