Todo Me Da Vueltas

Quiero ordenar mi caos, algo poderoso lo impide
No lo se ni yo, me temo que es invisible
La noche ha caído sobre mis hombros erosionados
De tanto llevar a cuestas días trasnochados

Lavo mi alma con el llanto de la luna
Cansada de como la usan tantos hijos de puta
Conocí el infierno en algunas discotecas
Pero aspiro al cielo de la dignidad, no estoy en oferta

Bésame o el mono del alcohol será horrible
Cada hora lo tengo y sólo tu presencia lo impide
No volví a llorar por ella pero mi guerra interior
Me arranca unas lágrimas, mañana estaré mejor

La adolescencia se alejó con un pañuelo
Porque no iba a secarme más los ojos con sus pretextos
La solución nunca fue tener sexo puesto, por eso
Mejor que con bitches me acuesto sereno con versos

Bebo café hasta marearme o los mato
Le dije al corazón bombeando conatos de infarto
Descarto a estas alturas sonreir con el rebaño
Antes decapito al pastor y sobre su cabeza canto

No aguanto más rato sobrio, acabo cayendo
Todos me hablan pero sólo escucho viento
En mi escondite paralelo sólo ella me puede ver
O eso creo, el corazón se mezcla con la piel

A veces creo que lo exhibí más de la cuenta
Pero ellos son tila y yo café con absenta
Estas ruinas siempre se reinventan
Encuentro a mi gente en calles desiertas

Furcias ha-blan, me la su-da
Sé quien soy, no ten-go du-das
Paseo por el in-fier-no
A la tris-te-za, ya no te-mo

Em-pie-zo de ba-jo ce-ro
El úl-ti-mo se-rá el pri-me-ro
Mis promesas están muertas
Todo me vuelve a dar vueltas

Al borde del vómito no recuerdo mis errores
La resaca los magnificará, evitará que me perdone
Mi guerra contra el vicio, mi ángel es esquizo
Desquicio, vivo porque aún mantengo el hechizo

Dejo pasar los días, al fin y al cabo
Como todos, así que no soy tan raro
Armado con los puñales que me clavaron
Quien no ha naufragado no ama tanto los faros

Como Andy Duffrein en cadena perpetua
El culpable ríe e injustamente me condenan
Pero al final del camino está Zihuatanejo
Destruyó mi celda y a la aventura me dejó

Nunca volveré a perder la esperanza
Y si alguien me la roba pagará por ello
Vivir es bello pero quienes nos condicionan la vida
Son los monstruos más viles y horrendos

¿Cómo llorar si le cortan el cuello a un banquero?
Soy sensible, es decir, no puedo
En esta sala de espera hacia quien sabe qué
Tengo claro que todos vamos a perder

Desde entonces las derrotas duelen menos
Pero caigo en la victoria efímera y ficticia del veneno
Todo me da vueltas, sólo flashbacks veo
Aquellas divertidas gamberradas en el recreo

El pasillo del colegio donde me castigaban
Y soñaba con una niña que hoy por coca la mama
El tiempo arrasa con todo, tiraron la portería
Donde pensaba que un gol a la vida le metería

Tudo me dá voltas

Eu quero pedir meu caos, algo poderoso impede
Eu não sei nem eu, eu tenho medo que seja invisível
A noite caiu nos meus ombros erodidos
De ter tantos dias desatualizados

Eu lavo minha alma com o choro da lua
Cansado de quantos filhos da puta usam
Eu conheci o inferno em alguns clubes
Mas eu aspiro ao paraíso da dignidade, não estou em oferta

Beije-me ou o macaco espírito será horrível
Cada hora eu tenho e só a sua presença impede
Eu não chorei novamente por ela, mas minha guerra interior
Eu rasgo algumas lágrimas, amanhã serei melhor

Adolescência se afastou com um lenço
Porque eu não ia secar mais meus olhos com seus pretextos
A solução nunca foi fazer sexo, é por isso
Melhor do que com cadelas eu vou para cama serena com versos

Eu bebo café até ficar tonto ou mato
Eu disse ao coração bombeando ataques insanos
Descarte neste momento sorria com o bando
Antes de eu decapitar o pastor e em sua cabeça eu canto

Eu não aguento mais sóbrio, eu só caio
Todo mundo fala comigo mas eu só ouço o vento
No meu esconderijo paralelo só ela pode me ver
Ou então eu penso, o coração se mistura com a pele

Às vezes eu acho que exibi mais do que o necessário
Mas eles são cal e eu bebo café com absinto
Essas ruínas são sempre reinventadas
Eu conheço meu povo em ruas desertas

Furcias ha-blan, eu sou o su-da
Eu sei quem eu sou, não ten-go du-das
Caminhe ao redor do in-fier-no
Para o tris-te-za, eu não tenho mais temo

Em pé-zo de ba-jo ce-ro
O ul-ti-mo será o pri-me-ro
Minhas promessas estão mortas
Tudo me vira de novo

Na beira do vômito não me lembro dos meus erros
A ressaca vai ampliá-los, me impedir de ser perdoado
Minha guerra contra o vício, meu anjo é esquizo
Freak, eu vivo porque ainda mantenho o feitiço

Deixei passar os dias, afinal
Como todo mundo, então eu não sou tão estranho
Armado com as adagas que me pregaram
Quem não naufragou não ama tanto os faróis

Como Andy Duffrein na prisão perpétua
A pessoa culpada ri e injustamente me condena
Mas no final da estrada é Zihuatanejo
Destruiu meu celular e a aventura me deixou

Eu nunca mais vou perder a esperança
E se alguém roubar, ele vai pagar por isso
Viver é lindo, mas aqueles que condicionam nossas vidas
Eles são os monstros mais vis e horrendos

Como chorar se você cortar o pescoço de um banqueiro?
Sou sensível, isto é, não posso
Nesta sala de espera para quem sabe o que
Tenho certeza que todos nós vamos perder

Desde então as derrotas doem menos
Mas eu caio na vitória efêmera e fictícia do veneno
Tudo está girando, apenas flashbacks que eu vejo
Essas brincadeiras engraçadas no recesso

O salão da escola onde eles me puniram
E eu estava sonhando com uma garota que hoje, por causa da coca
O tempo varre tudo, eles jogaram o objetivo
Onde ele achava que um objetivo para a vida iria colocá-lo

Composição: Pablo Hasél