Muito Treino (part. Coy Rap)

Não vejo ninguém na rua
Só resquícios da balada
Eu de capuz com a luz vindo da Lua
Piso em cigarros e camisinhas usadas
Começo a jornada de quem não enquadra no cenário
De otária, de safado, de safada, de otário
Que otário, que piada, motivos de gargalhadas
Essas risadas dos hilários aumentam minhas passadas

Correr como quem vai morrer no dia seguinte
Ou vai fazer história como a glória de Da Vince
Correr como quem vai morrer na próxima hora
Ou vai viver em abundância e todo lixo jogar fora

O Sol ainda não nasceu, pois sou eu o ser maior
E a hierarquia obedeceu e ele orbitou ao meu redor
Pois meu brilho engrandeceu quando tive confiança
Que o criador me concebeu sua imagem e semelhança

Eu sou herdeiro desse trono desse reino
E vou querer todos meus sonhos, menos sono, muito treino
Muito treino, muito treino, nesse jogo de guerreiro
Enquanto eles tão roncando, estou no treino, sou primeiro

Desse sono profundo eu vou despertar
Na vida meu suor vai trazer meu melhor
E se o destino não quiser cooperar
Na porrada eu viro o jogo ao meu favor

Porque eu sigo em frente
Mesmo com todas dificuldades que atravessam meu caminho
Sem grana pra Whey de duzentos conto
Com doze claras de ovo estou pronto
Sem apoio de ninguém comigo só que eu conto

Então desconto minha raiva
Em cada série de supino
E levanto essa barra exorcizo o lado menino
Ser homem nessa porra
É manter o equilíbrio, entre o foco e a sanidade e o necessário desequilíbrio

Pra essa bomba que explode
Aqui dentro de mim
E raiva pura que eclode
Eu sigo sendo assim
Foda-se meus problemas
Que tentam parar meu foco
E do tatame da vida
Pra dentro eu me desloco
Metendo jab e direto
Em problemas me completo
Porrada na cara de falso, esse é meu dialeto
Essa é minha conversa
Com moleque que me estressa
Isso não é atuação minha vida não é peça
Mas não sou coadjuvante, eu vim ser protagonista
Não vou estar dentro do tanque, eu que sou panzer
Não arrisca duvidar da conduta de quem se reergueu das trevas
Mesmo com filhos das puta querendo a minha caveira

Vê se agora me escuta, mano não me menospreza
Porque nada aqui muda eu não tô de bobeira
Eu estou no corre sem parar, dando o sangue nessa luta
Minha defesa é atacar de uma forma bruta!

Desse sono profundo eu vou despertar
Na vida meu suor vai trazer meu melhor
E se o destino não quiser cooperar, na porrada eu viro o jogo ao meu favor