Pagode Não Tem Dono

A Liberdade do Pagode e a União pela Viola

A música 'Pagode Não Tem Dono', de Pardinho e Pardal, celebra a liberdade e a coletividade presentes no universo do pagode e da música caipira. Desde o início, a letra destaca a experiência e a habilidade do cantor, que se autodenomina 'rei' da viola e do pagode. Essa autoconfiança reflete a importância da prática e da dedicação na música, onde o talento é reconhecido e respeitado por todos. A repetição da frase 'na viola sou o rei' reforça essa ideia de maestria e domínio sobre o instrumento, essencial na música caipira.

A canção também enfatiza a natureza inclusiva do pagode, afirmando que 'o pagode não tem dono, nem coroa e nem patrono'. Isso sugere que o pagode é um espaço democrático, onde todos são bem-vindos, independentemente de sua origem ou status. A música convida aqueles que se sentem abandonados ou solitários a se juntarem à celebração, mostrando que a música tem o poder de unir as pessoas e proporcionar um senso de pertencimento. A viola, nesse contexto, é mais do que um instrumento; é um símbolo de união e amizade, capaz de transformar a vida das pessoas.

Por fim, a letra destaca a alegria e a resistência dos músicos, que cantam e dançam a noite inteira, até o amanhecer. A música é apresentada como uma fonte inesgotável de energia e felicidade, que não se esgota com o tempo. A afirmação de que o cantor tem 'mais de mil amigos' graças à viola e ao pagode reforça a ideia de que a música é uma força poderosa de conexão social. A canção, portanto, é uma ode à liberdade, à amizade e à alegria proporcionadas pela música, especialmente no contexto do pagode e da música caipira.