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Andrea Chénier, Ato I: Colpito Qui M'avete - Un Dì All'azzurro Spazio

Paul Potts

Andrea Chénier, Act I: Colpito Qui M'avete - Un Dì All'azzurro Spazio

Un dì all'azzurro spazio
Guardai profondo
E ai prati colmi di viole
Pioveva loro il sole
E folgorava d'oro il mondo
Parea la terra un immane tesor
E a lei serviva di scrigno il firmamento

Su dalla terra a la mia fronte
Veniva una carezza viva, un bacio
Gridai vinto d'amor
T'amo tu che mi baci
Divinamente bella, o patria mia

E volli pien d'amore pregar
Varcai d'una chiesa la soglia
Là un prete ne le nicchie
Dei santi e della Vergine
Accumulava doni
E al sordo orecchio
Un tremulo vegliardo
Invano chiedeva pane
E invano stendea la mano

Varcai degli abituri l'uscio
Un uom vi calunniava
Bestemmiando il suolo
Che l'erario a pena sazia
E contro a Dio scagliava
E contro agli uomini
Le lagrime dei figli

In cotanta miseria
La patrizia prole che fa?

Sol l'occhio vostro
Esprime umanamente qui
Un guardo di pietà
Ond'io guardato ho a voi
Si come a un angelo
E dissi: Ecco la bellezza della vita

Ma, poi, a le vostre parole
Un novello dolor m'ha colto in pieno petto
O giovinetta bella
D'un poeta non disprezzate il detto
Udite, non conoscete amor
Amor, divino dono, non lo schernir
Del mondo anima e vita è l'Amor

Andrea Chénier, Ato I: Colpito Qui M'avete - Un Dì All'azzurro Spazio

Um dia para o espaço azul
eu olhei fundo
E aos prados cheios de violetas
O sol estava chovendo sobre eles
E atingiu o mundo com ouro
A terra parece um imenso tesouro
E o firmamento lhe serviu de caixão

Da terra até minha testa
Veio uma carícia viva, um beijo
eu chorei de amor
Eu amo você que me beija
Divinamente bela, minha pátria

E eu queria cheio de amor para rezar
Eu cruzei o limiar de uma igreja
Há um padre nos nichos
Dos santos e da Virgem
Ele acumulou presentes
E para o ouvido surdo
Um velho trêmulo
Em vão pediu pão
E em vão estendeu a mão

Eu passei pela porta das lojas
Um homem estava caluniando você
amaldiçoando o chão
Que o erário será saciado
E contra Deus ele lançou
E contra os homens
As lágrimas das crianças

Em tal miséria
O que a prole patrícia faz?

Apenas seu olho
Expresse humanamente aqui
um olhar de pena
De onde eu olhei para você
Sim, como um anjo
E eu disse: Essa é a beleza da vida

Mas, então, em suas palavras
Uma nova dor tomou conta de mim no coração
Oh menina linda
Não desprezes a palavra de um poeta
Ouça, você não conhece o amor
Amor, dádiva divina, não vou zombar disso
Do mundo a alma e a vida é Amor

Composição: