Gaita e Gaiteiro

Gaita surrada de puaços de invernadas
Nas madrugadas bueluda mostra seu brilho
Vai no domínio de quem completa a sentença
Rezando a crença na missão que nos foi dada

Isso era luz na alma do fandangueiro
Que bem faceiro se diverte no fandango
No passo manso ou no xixo mais ligeiro
Teclas e dedos vão desenhando o balanço

O que seria dos fandangos sem a gaita
São cem estrelas em noites de chuvarada
Um arco-íris preto e branco nuvem negra
Perde a beleza e vão descendo as madrugadas
Gaita e gaiteiro só como chincha e pelego
No firme apego das alças que prende ao corpo

Fica incompleta encilha bem contra o gosto
Do mesmo jeito que um não vive sem o outro
Fica incompleta encilha bem contra o gosto
Do mesmo jeito que um não vive sem o outro

Gaita e gaiteiro são filhos da mesma têmpera
Na convivência firmando tempo se vai
Sem um gaiteiro fica mais triste a querência
Na dependência do serviço que ele faz

Gaita e gaiteiro são filhos da mesma têmpera
Na convivência firmando tempo se vai
Sem um gaiteiro fica mais triste a querência
Na dependência do serviço que ele faz

Traz no sotaque jeito de terra e mangueira
Alma gaiteira se inspira na mesma ordem
Fabrica acordes e o passado se resgata
Faz com que o mundo inteiro te chame de gaita

É um apelido regional que te contempla
Na pura essência do crioulo sempre estido
Cheiro de pasto misturado com cavalos
Xucros sem Palos de bemóis e sustenidos

O que seria dos fandangos sem a gaita
São cem estrelas em noites de chuvarada
Um arco-íris preto e branco nuvem negra
Perde a beleza e vão descendo as madrugadas
Gaita e gaiteiro só como chincha e pelego
No firme apego das alças que prende ao corpo

Fica incompleta encilha bem contra o gosto
Do mesmo jeito que um não vive sem o outro
Fica incompleta encilha bem contra o gosto
Do mesmo jeito que um não vive sem o outro

Gaita e gaiteiro são filhos da mesma têmpera
Na convivência firmando tempo se vai
Sem um gaiteiro fica mais triste a querência
Na dependência do serviço que ele faz
Gaita e gaiteiro são filhos da mesma têmpera
Na convivência firmando tempo se vai
Sem um gaiteiro fica mais triste a querência
Na dependência do serviço que ele faz