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Um Quadro De Estância

Paullo Costa

Letra

    Campos cobertos de trevo
    Cerca fina e boa aguada
    Uma mangueira de pedras
    Chão sacrossanto da eguada
    Galpão de quincha pro norte
    Com parapeito pra encilha
    Onde a peonada campeira
    Trata o lombo da tropilha

    Uma tordilha gaviona
    Refugadora e coiceira
    Relincha e corre a cuscada
    Sob os listões da porteira
    Um doze-braças se abre
    Fazendo-a trocar de ponta
    E a peonada já se agarra
    Para um acerto de contas

    (Nestes fundões do Rio Grande
    O tempo encurta distâncias
    E a vida quase que pára
    Num belo quadro de estância)

    Égua do lombo encardido
    Traz o demônio no rastro
    Bufa e se atira no chão
    Sentindo o peso do basto
    Duas esporas com fome
    Saem batendo cruzadas
    E o mango amacia a tala
    No lombo desta aporreada

    É assim que passam a vida
    Por mais distante que andem
    Gastando cordas e bastos
    Pelos fundões do Rio Grande
    Nesta sina de campeiro
    Sem ter lugar pra morada
    Passando a vida e o tempo
    No lombo da bagualada

    (Nestes fundões do Rio Grande
    O tempo encurta distâncias
    E a vida quase que pára
    Num belo quadro de estância)


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