exibições de letras 56

Soneto Que Não Queria Existir

Paulo Akenaton

Letra

    Morre a tarde a espera do retorno.
    Prometido, contorno não cumprido,
    Amor ido, dolorido, em pedaços
    Um esperar convertido em transtorno
    Não há fé nessa espera nem conforto
    Torto, olho, de canto, o horizonte:
    Onde se esconde esse amor embriagante,
    Que se vai e me deixa como um morto?

    No poente, desesperado e sozinho,
    Metrifico a agonia, sem ti, sem vinho,
    Desisto, rasgo esta doida fantasia
    E sigo, agora sei: Já não és minha
    Outras tardes morrem como outras noites,
    E o retorno, aquele, o prometido,
    Ainda não cumprido, são estas foices
    Que a meu corpo retalham, indevido

    Esta terna dor não cabe em meu poema,
    Teorema difícil, não entendido,
    Desespero de amar enlouquecido,
    E saber-se sempre num só dilema:
    Amar-te e sofrer um desamparo ou,
    Sem ti, seguir uma vida que acabou?
    Como? Por que algo tão intenso termina?

    A mim, restaram, amor, estas rimas,
    Mas não sou eu o condenado por te amar,
    E sim tu a quem o amor não contamina
    E saio da tua rota... Pássaro louco
    Ah! Não sei de ti. Onde caminhas?
    Desisto, rasgo esta doida fantasia
    E sigo, agora sei: Já não és minha

    Composição: Nívia Mª Vasconcellos / Paulo Akenaton. Essa informação está errada? Nos avise.

    Comentários

    Envie dúvidas, explicações e curiosidades sobre a letra

    0 / 500

    Faça parte  dessa comunidade 

    Tire dúvidas sobre idiomas, interaja com outros fãs de Paulo Akenaton e vá além da letra da música.

    Conheça o Letras Academy

    Enviar para a central de dúvidas?

    Dúvidas enviadas podem receber respostas de professores e alunos da plataforma.

    Fixe este conteúdo com a aula:

    0 / 500

    Opções de seleção