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Na Companhia Dos Versos

Paulo Mattos

Letra

    Quando visto minha bombacha já me sinto mais gaúcho
    Cevo um mate e só por luxo dô de mão no violão
    Na sombra de um cinamomo meus versos fazem abrigo
    Mateiam junto comigo na soledade do meu chão

    No escuro do meu rancho só meu cigarro de palha
    Traz a luz que me agasalha nas noites de solidão
    E a fumaça minha amiga, deste fogo companheiro
    Faz do meu pago o luzeiro que hoje enseja o meu refrão

    (Meu ranchito é o retrato de um Rio Grande mais antigo
    Além de ser meu abrigo, me serve de inspiração
    Depois de um dia de campo, quando a lua nos visita
    Deixa a casa mais bonita e traz versos pro galpão)

    A voz de uma poesia não se apaga com o tempo
    Nem se perde no relento de uma vida que findou
    Este chão que hoje tu pisa amanhã te traz a erva
    E a história que tu conserva no tempo se acomodou

    Nunca me sinto sozinho quando estou acompanhado
    De um verso que vem botado ou de uma prosa morena
    Quando me atiro na rima até o rio grande soluça
    Pois nem que essa vaca tussa mudo meu jeito torena


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