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Modernidade

P Barros

Letra

    Grudei no rabo de um cometa e só larguei em Ribeirão.
    Fui cantar em uma festa na fazenda com Mirão.
    Saimos com o inverno e chegamos com o verão.
    E o vento fazendo onda em um mar de plantação.

    Às vezes surgia um lago, cercado de paturís.
    E mesmo que fossem patos, de longe, quem é que diz?

    E tome cidade e estrada, e tome canavial!
    Eu lia tanto anúncio, que digo: - Prá quê jornal?
    (Eu lia tanto anúncio, que digo: - Prá quê jornal?)

    É a modernidade (ê ê)
    É a modernidade (ê á)

    Viajando ao meu lado, retornando pro roçado,
    Um peão proseador
    Liga e diz que tá chegando, negócio de bom feitio.
    Campo de planta rasteira, cheio de colheitadeira
    Pondo grãos numa esteira, caminhão pega o plantio.

    Grão que vai para o mercado, marcado e logotipado,
    Matando a fome do povo, do povo do meu Brasil.
    (Matando a fome do povo, do povo do meu Brasil.)

    É a modernidade (ê ê)
    É a modernidade (ê á)

    Garramos trocar idéia, eu mais o moço ao meu lado
    Né que o bicho danado, é o patrão, dono da festa,
    Motivo dessa viagem de viola na bagagem
    Bancou a nossa passagem, seu valor ninguém contesta.

    Força da agricultura, riqueza do interior,
    Peão com assinatura e carimbo de doutor,
    Paga as cordas do meu pinho e os versos do cantador.
    (Paga as cordas do meu pinho e os versos do cantador.)

    É a modernidade (ê ê)
    É a modernidade (ê á)


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