Guerreiros São Guerreiros

Resistência e identidade em “Guerreiros São Guerreiros” de Pitty

Em “Guerreiros São Guerreiros”, Pitty destaca a importância da resistência e da identidade na luta diária. A repetição de frases como “Sou guerreiro” e “Guerreiros são guerreiros” reforça que a batalha faz parte da vida, não sendo um momento isolado, mas uma condição constante. O trecho “Eu não vim aqui pra pedir / O que eu quero eu vou conquistar” mostra uma postura ativa e determinada, deixando claro que as conquistas vêm do próprio esforço, não de favores ou concessões. A música também aborda a vulnerabilidade, como em “Tenho medos e mesmo assim / Tô na estrada, sigo em frente”, mostrando que coragem não significa ausência de medo, mas sim a decisão de seguir adiante apesar dele.

A letra faz referência à brincadeira “Escravos de Jó” e ao verso “E fazem zigue, zigue, zá”, trazendo um elemento do folclore brasileiro que adiciona significado cultural à canção. Ao usar esse símbolo, Pitty sugere que a luta é coletiva e faz parte da formação de todos, remetendo à resistência histórica e à superação de desafios desde a infância. A mensagem central da música é de autossuperação e persistência, incentivando a manter a força interior e a cabeça erguida, como em “Só quero manter minha alma forte / Erguer a cabeça e seguir”. Assim, Pitty conecta experiências pessoais a símbolos culturais do Brasil, celebrando a resiliência individual e coletiva.