Seres Superiores

Hipocrisia e autenticidade em “Seres Superiores” de Porter

Em “Seres Superiores”, Porter faz uma crítica direta à hipocrisia social, destacando como muitas pessoas tentam parecer moralmente superiores enquanto escondem suas próprias falhas. O verso “parece que todos son felices, ay, qué bien esconden sus cicatrices” (parece que todos são felizes, ah, como escondem bem suas cicatrizes) se conecta ao contexto das redes sociais, onde a felicidade e a perfeição são frequentemente simuladas. A menção a “maquilla todo en Instagram” (maquiam tudo no Instagram) reforça essa ideia, mostrando como a busca por aceitação leva à criação de uma imagem artificial, em vez de incentivar a autenticidade.

A música também aborda o julgamento constante e a pressão para se encaixar em padrões impostos pelos outros, como em “seres superiores señalando qué es lo que está bien, lo que no también” (seres superiores apontando o que está certo, o que não está também). O refrão repetido “nadie tiene la verdad completa” (ninguém tem a verdade completa) sugere que ninguém detém o monopólio da verdade e que o julgamento dos outros é limitante. Ao afirmar “si vives juzgando, nunca serás libre” (se você vive julgando, nunca será livre), Porter propõe uma reflexão sobre liberdade individual e a importância de aceitar as próprias imperfeições, em vez de buscar aprovação externa ou julgar os outros. Assim, “Seres Superiores” traz uma análise clara sobre autenticidade, julgamento e superficialidade nas relações atuais.