Maya

Não me invado frente eu próprio
Muitos alegres... É carnaval
Me despeço, me deprimo
Não tem importância, não faz mal

Me salva, me acalenta
Em nome de tudo que você representa
Me salva, me acalenta
Em nome de tudo que você representa

Meu pretérito, seu futuro
Não são tão maus, ninguém nem sente
Eu vos conjuro
“Santa Claus, cadê o presente? ”

É tudo ilusão
Parece haver só o que já foi
É tudo ilusão
Sonho de ontem que hoje dói
Nem estou tão bem
O porvenir não existe também
Até amanhã
Por hora choro, não sei se haverá
Um outro amanhã
Então imploro... O agora, onde está?

Não se sabe do irreal
Do riso e dor, mas é carnaval
Me divirto, sofro e vivo
Nasço e morro, não faz mal

Me salva, me acalenta
Em nome de tudo que você representa
Me salva, me acalenta
Em nome de tudo que você representa

O amanhã semeia o medo
E o que já passou, perturba a mente
Então vos conjuro
“Santa Claus, cadê o presente? ”

É tudo ilusão
A sensação de ter sacado algo
É tudo ilusão
Ter tido o que é mais veloz que o vento
É tudo ilusão
O Ser, ser o insondável Tao
Da questão é
Um dia voltar pra onde de onde vim
Então tudo bem
Já que não tem nem começo nem fim