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Letra

    Os sins, ecoando no nada
    Não superam em nada os nãos ressequidos, esquecidos de hoje
    Os nãos, impregnados em tudo
    Não afogam e ânsia de romper o invólucro reluzente

    Agente até que tenta coexistir conosco
    Enquanto o encontro com o fora estiver fora de cogitação
    Agente até que tenta coexistir conosco
    Enquanto o encontro com o fora estiver fora de cogitação

    Os sóis, invadindo as trevas
    São, de longe, estrelas... E se amavas
    Muitos, muitas, são brilhantes fantasmas

    Têm sido constantes os instantes de pavor
    Assombrações gemendo de dor
    A noção frívola de tudo se agiganta
    E ao mesmo tempo, o aperto na garganta

    Pra que a pressa, se não há tempo nem instante
    Se nem existe o que já existiu
    E se tudo o que era mais importante
    Era, de tudo, o que é mais sutil

    Nos céus, aconchegante silêncio
    E escaldantes corpos
    Celestes no invólucro reluzente

    A luz, ascendendo no nada
    Não ofusca em nada
    Os sins do silêncio de ontem

    Costumam gostar mais do que nasceu em Europa, a lua
    Do que daquele filho de Gaia que come os restos aos ventos de rua
    Costumam gostar mais do que nasceu em Europa, a lua
    Do que daquele filho de Gaia que sente fome e frio nas ruas

    Nos céus, a luz ascende no nada
    E escalda o ego dos corpos
    Nas lembranças meio eternas

    Os sóis, invadindo as trevas
    São, de longe, estrelas
    E se amavas, são só brilhantes fantasmas

    Apenas brilhantes fantasmas


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