Юдоль Скорби
Skvozʹ bezradostnyy marsh tolpy, vdolʹ mrachnykh zamkov
Mimo vetkhikh sten izuvechennykh vremenem kak v bredu
Rastvorennyy zemnoyu kruchinoyu bez ostatka
Prochʹ ot nevzgod za svoyeyu sudʹboy bredu
U plecha ukazuyushchiy perst davno issokhshiy
Toy starukhi chto dolgiye gody pletet·sya vsled
Shepchet v ukho nezrimo dlya prochikh slova trevozhnyye
Smysl ikh ne dayet pokoya uzh mnogo let
Otrinʹ, otrinʹ prochʹ stradaniya, v moikh rukakh
Uteshʹsya, puskay mirozdaniya ostynet prakh
Dlani vashikh praviteley kovany zlatom
Pasti vashikh prorokov napolneny smradom i krovʹyu
Solntse vashego tsarstva na grani zakata
Vremya uyti, i pokinutʹ yudolʹ skorbi
Poy, poy pechalʹ, gimn proshchalʹnyy moy o zemle pustoy
Pustʹ dogorayet dom, nishchikh semey obrechennykh na vechnyy golod
Pustʹ nadorvut khrebty katorzhnoy zhiznʹyu za krokhi s chuzhikh stolov
Pustʹ morovoy chumoy polchishcha krys napolnyayut bezdushnyy gorod
Putʹ ukazhi inoy, day bytʹ svobodnym ot plena zemnykh okov!
Vedi starukha!
Pustʹ pogibayet syn v zharkom gornile voyny za chuzhuyu gordostʹ
Pustʹ na kurgan yego matʹ prineset serebro svoikh gorʹkikh slez
Pustʹ votsaryat vnutri dush chelovecheskikh zloba, toska i podlostʹ
Putʹ ukazhi inoy, day bytʹ svobodnym ot plena bezumnykh grez!
Vedi starukha!
Vale de Tristeza
Através da marcha sem esperança da multidão, ao longo dos castelos sombrios
Passando por paredes velhas, marcadas pelo tempo como em delírio
Dissolvido pela curva da terra sem deixar vestígios
Longe das desgraças, pela minha própria sorte em delírio
Ao lado, o dedo indicador que já secou há muito tempo
Daquela velha que por longos anos tece seu destino
Sussurra no ouvido, invisível para os outros, palavras inquietantes
O sentido delas não dá descanso há muitos anos
Afaste, afaste a dor, em minhas mãos
Conforte-se, que o universo se torne cinzas
As mãos de seus governantes forjadas em ouro
As bocas de seus profetas cheias de fedor e sangue
O sol do seu reino à beira do ocaso
É hora de partir e deixar o vale de tristeza
Cante, cante a tristeza, meu hino de despedida sobre a terra vazia
Que a casa queima, de famílias miseráveis condenadas à fome eterna
Que as costas se quebrem pela vida de prisioneiros em busca de migalhas de mesas alheias
Que a peste e a praga encham a cidade sem alma com hordas de ratos
Mostre um outro caminho, que seja livre das correntes da terra!
Vem, velha!
Que o filho morra na ardente fogueira da guerra por orgulho alheio
Que sua mãe traga ao túmulo a prata de suas amargas lágrimas
Que dentro das almas humanas reinem a raiva, a angústia e a traição
Mostre um outro caminho, que seja livre das correntes de sonhos insanos!
Vem, velha!