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Letra

    Vê-se putos em furtos em grupos de adultos
    Em poucos minutos subúrbios tornam-se sombrios.
    Insultos partem para chutos, vagabundos vagueiam por turnos,
    Barulhos vão-se tornando arrepios.
    Vê-se putos em furtos em grupos de adultos
    Em poucos minutos subúrbios tornam-se sombrios.
    Frios, luxos e gatilhos.

    Quando a lua aparece, começa a camuflada correria
    E acontecem coisas que não se veem à luz do dia.
    Um olhar menos atento descreve isto como calma,
    Paz e sossego, que nos relaxa e acalma.
    Mas no escuro, nem tudo é sossegado e puro,
    Putos esperam cotas dormir para saltar o muro.
    Para muitos, é quando o sol se vai que começa a vida,
    Apesar da visão do futuro não ser colorida.
    Um mundo totalmente diferente, do que tu conheces,
    Ganha vida quando tu te deitas e adormeces.
    A escuridão traz a magia que faz rolar o pisto,
    O sítio mais bonito transforma-se no mais sinistro,
    Quando ela vem os corações batem mais depressa,
    Às vezes param de bater por não se usar a cabeça.
    Entretanto o sol já espreita por entre a cortina,
    A fazer tempo para que ela volte e retome a rotina.

    À medida que o sol se vai a noite aparece e promete,
    Quando ela acaba muitos querem rebobinar a cassete.
    Porque é nela que a diversão ou o ganha-pão estão,
    Ou porque é ela que dá adrenalina até à exaustão.
    Então, tunnings em carros kitados vão perdendo a noção,
    O perigo enquanto um mendigo te está a estender a mão.
    Nessa mesma fracção, alguém perde a razão,
    Quando a parada é alta o clima aquece, alta tensão.
    Há quem legalmente trabalhe das 10 às 6,
    Ao mesmo tempo nas ruas há quem imponha as suas leis,
    É no escuro que reis formam miúdas com 16,
    É também quando aparentes heterossexuais viram gays.
    A escuridão transforma anjos em demónios, santos em pecadores,
    Põe neurónios em maratonas até se foderem os motores.
    Últimos vapores, furtos, filmes e copos,
    Hora de recolha para muitos quando esgotaram os trocos.

    Do pôr-do-sol, ao cair que é da lua, a rua,
    Veste outra cara, repara, o crime actua, sua,
    Quem sente medo, e eu devo dizer é dura e crua,
    A realidade quando cai a noite escura, muda,
    O andamento, comportamento muda,
    A mente da gente normalmente pura, a rua,
    É p'ra quem fode e pode, quem não pode, recua!
    Fica na sua até que o dia venha esconder a lua.
    A noite traz, situações de risco, isto,
    É o que se passa na praça, a noite vira bicho.
    Desde a fumaça à caça do inimigo, digo,
    Enquanto um bando gira, há quem vasculhe o lixo, isto,
    É triste mas isto é aquilo que nela rola,
    É dura e crua p'ra vida, mais que uma escola.
    Só quem se aplica tira uma boa nota na prova,
    E reprova quem se incomoda com o que se passa lá fora.


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