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Quem andar pelo galpão
Fim de tarde veraneiro
Vai ouvir chegar primeiro
Um assobio sem motivo
Só se assobia no mas
Deve ser o capataz
Que volta batendo estrivo

Enquanto isso, inda longe
Em algum campo dobrado
Um peão mensual contrariado
Campeia a vaca perdida
La pucha, não fecha as conta
E inda é vaca da ponta
Daquelas recém parida

Peiteira e xerga suadas
Tardezinha veraneira
N’alguma estância fronteira
Desencilha a gauchada
E o domero, que é falante
Se gavando a todo instante
Dos pingo da boca atada

Corre o mate, corre a prosa
E a charla é bem corriqueira
Se quartiô mi'a barrigueira
Ficô no chão o alambrado
Faltou no rodeio um touro!
Amanhã casqueio o mouro
Cortou a pata o bragado!

Despacito alguém se afasta
Sai da roda, disfarçando
Há tempos que vem rondando
A chinoca da cozinha
Mas só le encontra a essa hora
Que já escureceu lá fora
Vai morrendo a tardezinha

Composição: Francisco Brasil / Kiko Goulart. Essa informação está errada? Nos avise.

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