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Suponho

Rafa Pons

Supongo

Supongo que esta canción no suena a primavera,
que más que componerla descompongo
pedazos de verdad.
Me huelo que dentro de un segundo iré "pa´l suelo".
A oscuras me parece un buen momento
para reconocer que la foto de mi alma es trucada.
Soy un mago que no tiene baraja.
Fuiste conejo en mi sombrero,
no se sigues dentro aunque
supongo que debes de seguir siendo tan guapa;
el negro favorece tu cara
y hoy llueve en la ciudad.
Merezco que huyas cada vez que te sorprendo.
Regalo el cielo y luego cobro un precio.
¿Y cual es la verdad?
Pues que de tanto buscarme me he perdido,
nunca quise arrastrarte conmigo
pero, tu te empeñaste y ahora ¿Cómo explicarte?

Que a menudo me despierto borracho en los portales.
Y aunque no se ni mi nombre sé que quiero abrazarte.
Te olvido pero, en el fondo te recuerdo y me digo
"¿Qué hay de falso en lo que muestro
,de cierto en lo que escondo?"
Yo nací para echar piedras y romper el tejado
que protege tu futuro, porqué pasé el pasado
soñando algo a lo que te pareces.
Si ahora mi reino se desvanece, me opongo.
¿Te tengo? ¿Me comprendes?
¿Te quiero o simplemente lo supongo?

Supongo que debo de estar triste cuando lloro
pero, hay cosas que se tienen que hacer solo.
No vuelvas a llamar.
Porqué sé que ya no quiero echar cemento
a mis errores sino al miedo.
Dame la mano y quizás
seré capaz de volar
contigo rumbo a un cielo de soñadores,
sólo espero que acepten fumadores.
Ten el valor de no soltarme,
incluso cuando te cante

Que a menudo me despierto….

Suponho

Suponho que essa canção não soa a primavera,
que mais do que compô-la, descompôo
pedaços de verdade.
Desconfio que dentro de um segundo vou "pro chão".
No escuro, parece um bom momento
para reconhecer que a foto da minha alma é manipulada.
Sou um mágico que não tem baralho.
Você foi coelho no meu chapéu,
não sei se ainda está dentro, embora
suponho que você deve continuar tão linda;
o preto valoriza seu rosto
e hoje chove na cidade.
Mereço que você fuja toda vez que te pego de surpresa.
Dou o céu e depois cobro um preço.
E qual é a verdade?
Pois de tanto me procurar, me perdi,
nunca quis te arrastar comigo
mas você insistiu e agora, como te explicar?

Que muitas vezes acordo bêbado nos portões.
E embora não saiba nem meu nome, sei que quero te abraçar.
Te esqueço, mas no fundo te lembro e me digo
"O que há de falso no que mostro,
do que é certo no que escondo?"
Eu nasci para jogar pedras e quebrar o telhado
que protege seu futuro, porque passei o passado
deslumbrando algo a que você se parece.
Se agora meu reino se desfaz, eu me oponho.
Te tenho? Me entende?
Te amo ou simplesmente suponho?

Suponho que devo estar triste quando choro
mas há coisas que precisam ser feitas só.
Não volte a ligar.
Porque sei que já não quero jogar cimento
nos meus erros, mas no medo.
Dê-me a mão e talvez
eu consiga voar
contigo rumo a um céu de sonhadores,
só espero que aceitem fumantes.
Tenha coragem de não me soltar,
inclusive quando eu cantar

Que muitas vezes acordo…

Composição: