exibições de letras 49

Cadência (Demo)

Rafael Abner

Letra

    O silêncio é a poesia entre as palavras
    Saudoso Assis, que sem cisma sem susto
    Foi quem sempre quis

    Teus risonhos, lindos campos têm mais flores
    Moldada nas coxas em taipas de pilão e pau a pique
    Faço do falso uma clava num repique que repara
    E o que se mistura também se separa
    Manauara

    Menino que bebe da fonte do Igarapé
    Sem isso eu num seria
    Com a sua permissão Noel
    E eu sei que você quer
    Lustra em minha alma a Bohemia

    E na recaída o canto me conta
    Que quanto mais eu caio, mais eu vou perdendo a conta
    E peço uma ajuda para a minha cura
    Cariris, Xocós, Tupis
    Folha de arruda sempre pura
    Ser quem sempre quis

    Pó preto que vicia, na bacia tem café
    Chá mate erva que não mate, mas fica de pé
    Dedilha sua ira com a líra de Joseph
    Há quem prefira, defira 3 tiros no pé

    A bete balança, ginga de caipora
    Carcará em Cambuquira proseia pro mundo a fora
    Caipira Brasileiro rumo a direção da feira
    Flow brabo swingado na ginga de capoeira

    Desço ligeiro e sinto o cheiro da floresta
    No nevoeiro pra essa mata eu faço uma seresta
    Senta na calçada o violeiro vai tocar
    E da mulher amada o peito dele vai chorar

    Canta um Cartola com sotaque em Youruba
    Adoniran Barbosa fim de tarde toma um chá
    Que da Elis a Regina breve num paro nunca
    Um sorriso leve bêbado de Zélia Duncan

    Toquinho tocando de frente pro mar
    De costas pro bar, me faz lembrar laraia
    Um menino, que se perdia na levada do trompete
    Que costurava o som do mar

    40°C Floripa mais um dia
    Ventilador quebrado, suor misturado e eu virado na alegria
    Corre pro mar só não esquece o violão
    Que eu quero deitar e fazer uns deirundón

    Para, pensa, talvez c nem precisa
    Monta no palio 2003 aquele cinza
    Tá quebrado o para brisa, o para-choque
    De preguiça nem tem torque
    Na sorte e improviso aviso que tamo no forte

    Na barra na Joaca
    Sei que você é fã da lagoinha mas se pá nem pega nada
    Canas, Campeche, Jurerê ou um jet em Jacumã
    Guardar dinheiro pra passa uma tarde em Itapuã

    Independente da ferida, a alma fica querida
    De acordo com as praias que ela conheceu em vida
    O Brasileiro insiste e vive
    Aquele que existe e canta, num desiste e levanta
    Até que rasguem a garganta

    A mente a mil mas na vida tá calada
    O grito sai pela viola enluarada
    Pelo tapa no pandeiro, pela dança no terreiro
    Na herança do pretin que tá de pé o dia inteiro

    Brazuca cravejado da quinta essência
    Cadencia que bate no peito e desde o parto
    Prova essência
    Entre o ventre e compasso
    Renova se o passo, rei congo cangaço
    Cantando aquilo que comigo eu carrego no traço

    Talento

    O samba mais bonito é cantado no momento
    Música daqui é pra fazer sorrir
    Qualquer lugar em cima do chão e debaixo do céu tá bom p mim

    Ninguém cantava o que eu queria ouvir
    Eu fui lá e fiz um som
    Preto que parava quem o fazia rir
    Se pá eu tenho um dom

    Moço teimoso só trabalho pelo almoço
    Trabalha a toa
    Trabalho grosso, vai respirar eu ouço
    Minha inspiração é inspirar as pessoas

    E a jaca só pra cheira bem
    Doce suave que aguça eu sou refém
    E vem me dar um abraço sem espaço
    E sem tempo e ai prometo que tudo fica bem


    Comentários

    Envie dúvidas, explicações e curiosidades sobre a letra

    0 / 500

    Faça parte  dessa comunidade 

    Tire dúvidas sobre idiomas, interaja com outros fãs de Rafael Abner e vá além da letra da música.

    Conheça o Letras Academy

    Enviar para a central de dúvidas?

    Dúvidas enviadas podem receber respostas de professores e alunos da plataforma.

    Fixe este conteúdo com a aula:

    0 / 500

    Opções de seleção