Caneta Preta

Eu quero encontrar alegrias
No meio dessa melancolia
Me sinto vazio na folia
Cercado de hipocrisia

Só quero uma chance
Não chame de anomalia
Só me mostre o caminho
Para dar orgulho para toda a minha família

Não consigo sair do início
Tristeza virou o meu vicio
A mágoa que levo no peito destruí
E eu já fico propicio

Te peço perdão fui errado
Eu carrego mais muitos pecados
Já não olho nos olhos
Mas vejo a tristeza no mexer dos seus lábios

Esta descrita no papel com minha letra
A cor dessa caneta virou preta
Me sinto sozinho nesse planeta
E tudo que eu faço vira treta

Não me peça para voltar atrás
Se tudo que eu faço se desfaz
Igual castelo de areia
Que o mar carrega com sede voraz

Tá difícil viver nesse mundo
Só enxergo ser humano imundo
Não merecem nem o submundo
Não parece mais já são defuntos

Não existe mais felicidade
Ferida aberta é um sofrimento
Sua liberdade virou possibilidade
Para o início do seu isolamento

Volta e meio eu bebo o meu vinho
A certo gosto em pensar sempre sozinho. Sempre pesando na vida e a morte
E em qual dos dois que seguir meu caminho

Poemas são anotações da verdade
O que eu escrevo é na sinceridade
Enquanto cobram a santidade
Vivendo todos em iniquidade

Potter

Olhei pro céu e pedi para ter perdão
Levanto os braços e ali me sinto sem chão
Ouvi dizer que meu refúgio não tava muito bom
Falta algo como ostentar algo no som

Não sei se você viu o que tem aqui dentro
Ou até viu e não se importa então lamento
Mas eu não posso ignorar
Quando está tudo a desabar (aaah)

Nunca fui o que esperavam que fosse
Nem o que eu queria ser
Desde criança, sozinho
Sentido veio a perecer

Ansiedade me encontra
Medos diários enfrentar
Dizem que isso vai passar
Mas não se põem em meu lugar

Todo mundo tem um peso nas costas
Isso é realmente inegável
Um TNT corrosivo
Mas sempre manuseável

Como um leão eu não vou rugir
Meus iguais sabem não vou mentir
É um refúgio por isso faço
Tentar melhorar é o próximo passo