Un remordimiento

Um Remorso

Un remordimiento

Sua voz me persegue sem parar,Tu voz me sigue sin cesar,
se crava como uma espinha,se clava como espina,
me fere, me machuca,me hiere, me lastima,
me mata sem matar...me mata sin matar...
Sua voz, sempre sua voz,Tu voz, siempre tu voz,
como um fantasma pálido,cual pálido fantoche,
me segue pelas noitesme sigue por las noches
e eu não aguento mais...y ya no puedo más...
Sua voz, que ontem era cristal,Tu voz, que ayer fuera cristal,
es um remorsoes un remordimiento
que mata sem matar.que mata sin matar.

Deixei na flor dos seus lábiosDejé en la flor de tus labios
um vendaval de espinhos e urtigas.un vendaval de zarzas y de ortigas.
Te dei um rosário de ofensasTe di un rosario de agravios
e te cobri de mentiras.y te cubrí de mentiras.
Piedade, piedade por tanto dano!¡Piedad, piedad por tanto daño!
Gritou sua voz, desesperada.Gritó tu voz, desesperada.
Hoje essa voz, cravada em mim,Hoy esa voz, en mi clavada,
es uma ronda infernal.es una ronda infernal.

Recém, depois que te perdi,Recién, después que te perdí,
al me ver tão vencido,al verme tan vencido,
tão triste, tão vazio,tan triste, tan vacío,
de repente compreendide pronto comprendí
que você foi todo amor,que fuiste todo amor,
que nunca se esquece,lo que jamás se olvida,
que estava na minha vidaque estabas en mi vida
eterna como o sol.eterna como el sol.
Talvez você possa me perdoarTal vez me puedas perdonar
e apague essa angústiay borres esta angustia
que mata sem matar.que mata sin matar.