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Espelhos de Pedra

Remembrance

Stone Mirrors

A storm of gray ashes lashes my face
I watch the sky unreal and pale
I witness the dance of clouds
Until the tide breaks against the rock
Waking up the silence's reign

Where I stand, the skin of the earth
Rests now of sand and stone

When the waters turn our memories to stones
Where I dance is where we will die
The black ashes take me to a timeless sleep
In which I fall, like you will too
The springs melt in the beat
Obsidian walls of larva

Where I stand, we become rust
An empty shell, dying on the seaside
We are this desolated show
This absence of colour

My eyes are veiled by the dust, thick and heavy
Stone-faced gaze of the mountain
Watching me fight my way
Through the looming stones
And I run...

I run the disembodied woods, the ash coated landscapes
They are waiting to take me, but the gray mist will pretend that here,
I never was...

Espelhos de Pedra

Uma tempestade de cinzas cinzentas atinge meu rosto
Eu vejo o céu irreal e pálido
Eu testemunho a dança das nuvens
Até que a maré quebre contra a rocha
Despertando o reinado do silêncio

Onde estou, a pele da terra
Descansa agora de areia e pedra

Quando as águas transformam nossas memórias em pedras
Onde eu danço é onde vamos morrer
As cinzas negras me levam a um sono atemporal
No qual eu caio, como você também cairá
As fontes derretem no compasso
Paredes de obsidiana de larva

Onde estou, nos tornamos ferrugem
Uma concha vazia, morrendo à beira-mar
Nós somos esse espetáculo desolado
Essa ausência de cor

Meus olhos estão velados pela poeira, densa e pesada
Olhar de pedra da montanha
Me observando lutar meu caminho
Através das pedras ameaçadoras
E eu corro...

Eu corro pelas florestas desmembradas, as paisagens cobertas de cinzas
Elas estão esperando para me levar, mas a névoa cinza vai fingir que aqui,
Eu nunca estive...

Composição: Carline Van Roos / Remembrance