Dagombas En Tamale

Somos los dueños de nada
Los que no aparecen en los cuentos de hadas
El palacio de los sueños lo hacemos con lodo
No tenemos na', pero lo tenemos todo
Cuando te faltan cosas te inventas algo
Si no hay caballo, con una carretilla cabalgo
No las ingeniamos desde la matriz
Como los cangrejos que respiran sin tener nariz
Hacemos maravillas con lo que cae del cielo
Lo enfriamos en el fondo el río si no hay hielo
Y nos sentimos como los reyes de castilla
Le sacamos brillo a lo que no brilla
Sin bala, prepara'o pa' la guerra
Aprendimos a sembrar sin tierra
De calidad, pero barato
Como bailadores de academia, pero sin zapato

Le metimos sin amplificadores
¿Pa' qué queremos radios si aquí hay tambores? Oye
Aquí no hay caviar, pero hay maíz
Aquí no hay caviar, pero hay maíz
Aquí no hay caviar, pero hay maíz
¿Pa' qué queremos radios si aquí hay tambores? Oye

Entren sin llave, la fiesta es abierta
Nuestras casas no tienen puerta
Pero que no tenga miedo el colono que no roba
Acá las brujas vuelan sin escoba
Campeones sin ganar la copa
Si no hay ropa
Pues que nos abrigue la sopa
Aquí tejemos sin hilo
Todo es posible
Nos movemos sin combustible
No hay pegamento, pero hay saliva
Todo suma
Sin tener jabón hacemos espuma
Bajo la lluvia y sin paraguas
Vamos remando en una laguna sin agua
Aprendimos a colar café sin cafetera
Y a subir aunque no hayan escaleras
Nos inventamos los inventos
Aquí hay que bailar
Porque pa' sentarse no hay asiento

Le metimos sin amplificadores
¿Pa' qué queremos radios si aquí hay tambores? Oye
Aquí no hay caviar, pero hay maíz
Aquí no hay caviar, pero hay maíz
Aquí no hay caviar, pero hay maíz
¿Pa' qué queremos radios si aquí hay tambores? Oye

Dagombas Em Tamale

Somos os donos de nada
Aqueles que não aparecem nos contos de fadas
O palácio dos sonhos fazemos com lama
Nós não temos nada, mas temos tudo
Quando te faltam coisas, você faz algo
Se não houver cavalo, com um carrinho de mão cavalgo
Nós não os criamos na matriz
Como caranguejos que respiram sem nariz
Nós fazemos maravilhas com o que cai do céu
Nós esfriamos pelo rio se não houver gelo
E nos sentimos como os reis de Castela
Tiramos brilho do que não brilha
Sem bala, preparado para a guerra
Aprendemos a semear sem solo
De qualidade, mas barato
Como dançarinas da academia, mas sem sapato

Botamos para quebrar sem amplificadores
Pra que queremos rádios se aqui tem tambores? Ei
Aqui não tem caviar, mas tem milho
Aqui não tem caviar, mas tem milho
Aqui não tem caviar, mas tem milho
Pra que queremos rádios se aqui tem tambores? Ei

Entrem sem chave, a festa está aberta
Nossas casas não têm uma porta
Mas não tenha medo do colonizador que não rouba
Aqui as bruxas voam sem vassoura
Campeões sem ganhar a Copa
Se não há roupas
Bem, vamos ter a sopa
Aqui tecemos sem fio
Tudo é possível
Nos movemos sem combustível
Não há cola, mas há saliva
Tudo soma
Sem sabão, fazemos espuma
Sob a chuva e sem guarda-chuva
Vamos remando em uma lagoa sem água
Aprendemos a preparar o café sem cafeteira
E a escalar, mesmo que não haja escadas
Nós inventamos as invenções
Aqui você tem que dançar
Porque para sentar-se, não há assento

Botamos para quebrar sem amplificadores
Pra que queremos rádios se aqui tem tambores? Ei
Aqui não tem caviar, mas tem milho
Aqui não tem caviar, mas tem milho
Aqui não tem caviar, mas tem milho
Pra que queremos rádios se aqui tem tambores? Ei

Composição: