Vida Severina

Paulo Eduardo tinha tremedeira
E não conseguia se pentear
Oceanógrafo é aquele sujeito
Que como pensei estuda o mar

Paulo Eduardo tinha hemorroidas
E nunca estava alegre para cantar
Assinaram tradado de Versalhes
Que o proibira de patinar

Essa vida me maltrata tanto
Ai ai ai
Me maltrata tanto
Essa vida severina
Que me faz chorar
Que me faz chorar

Paulo Eduardo, timbrastes ortopédicos
E era comum tropeçar caindo ao chão
Seu maior sonho era ser o cupido
Boca de sino que não toma carvão

Paulo Eduardo, Paulo Eduardo
Paulo Eduardo Silva do Nascimento
Este era o nome dado por seus pais
Não tem pele, coelhos com coentro
Nunca escove os dente com Água Raz

Essa vida me provoca o pranto
Puta que o pariu mas tanto
Essa vida desgraçada
Que me faz chorar
Que me faz chorar