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Linhas de Soco

Rincon Sapiência

LetraSignificado

    Yeah! Aham! Yeah!
    Vamo! Hahaha!
    Rincon Sapiência, vulgo Manicongo, certo?
    É o rap da ZL (UAAAU!)

    O Rap me deixa alto, tipo THC
    E o palco é o octógono do UFC
    A batida é um soco, rap, a voz da plebe
    No flow, deslancho, tipo um gancho, um jab

    Na rima, Jackie Chan na Hora do Rush
    E a dama pensando em mim, bem na hora do blush
    Um trato nas duas, diz que me ama, idem
    Fiel e amante, aí vocês decidem

    Sem teclados, mouse, tive meu panorama
    Lan house, não, sou do tempo do fliperama
    Bote a ficha e jogue, muito antes dos blog
    Dava a cara a tapa e batia feito Balrog
    Tipo GOG, rolo compressor passando
    Eles ficam grogue, vendo estrelas girando
    Linhas de soco, minha poesia irônica
    Microfone é que nem o coelho na mão da Mônica

    Corre, Cebolinha, ataco!
    Se passam por malacos, mas escrevendo linhas são flacos
    Cômico, Rap chapa, hidropônico
    Fome de rima, overdose de Biotônico
    Queremos o “faz-me-rir”, então, corra
    Mas, por enquanto, é só piada do Zorra
    E nóis segue, assim, na humilde
    Sem aquele “faz-me-rir”, estilo Mussum, cacildis

    Ó, meu dom nas ruas se exibe
    Tipo rei Roberto no calhambeque, bi-bi
    Tô quebrando grilhões, memo sem os milhões
    MCs Trapalhões, Dedé e Didi
    Opiniões divide, ataques, revides
    Meu corpo é fechado, eu sou que nem Thaide
    Ouvidos são profundos, penetro que nem Kid
    Sou raro, que nem os paletós no meu cabide

    Vide bula, playboy, na moral
    Rap tarja preta, efeito colateral
    As cores no visual, que nem graffiti do OPNI
    Dois tipos de MC, eu sou que nem um OVNI
    Voou, passeando nos discos, marciano
    É a lua e eu, que nem Cassiano
    Língua afiando, línguas fatiando
    Dom é como vinho, deixe que passem anos

    Mando o papo quente, não levo desaforo
    Rap sem calor, não passam de calouros
    Cuspo fogo, Dhalsim, no Street Fighter
    Rap light, mas mata que nem Marlboro
    Choro, o racista de olho vermelho
    Nem olha no meu olho, eu sou que nem um touro
    Hip-hop é a clínica onde fui internado
    Música no sangue, África no soro
    Sem jaco de couro, aqui estou
    Na pegada punk, que nem Sex Pistols
    Batida, rima, DJ e um bom flow
    Quatro integrantes clássicos, que nem os Beatles

    Longe da música, saudade, eu fico como?
    Inseparáveis, como Lennon e Yoko Ono
    Roube a música de mim, se quiser uma guerra
    Não vai ter paz pelo Papa e nem pela ONU

    O mundo não tem dono, Sampa não tem sono
    Microfone broca, pistas eu detono
    Na ZL, rap ruim, isso eu questiono
    Xis é rei e eu serei sucessor do trono

    Cena rap Malhação, isso eu cancelo
    Minha cena é preta, clássica, Grande Otelo
    Sem estresse, trabalho só me engrandece
    Que nem Super Mario, depois do cogumelo!

    Hahahaha!
    Da hora, moleque, da hora!
    Rincon Sapiência, vulgo Manicongo, certo?
    E assim segue!
    E é o seguinte
    O Rap dá pra ser encarado que nem um jogo, né?
    Aí se destaca os melhores jogadores, quem, quem dá as melhores cartas
    Mas se você encarar o Rap como o Rap memo,
    Ritmo é poesia e se destaca o melhor rimador!
    aquele que joga com as palavras
    E essa é a parte que eu gosto mais
    Fazer um rap, umas rima, umas levada

    Vem com nóis
    (UAAAU!)


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