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Sanfona Furada

Roberto e Meirinho

Letra

    Essa é uma de muitas histórias que acontecem nesses bailes de barracas
    Baile de fazenda, esse bailes que vai até as tantas da madrugada
    E eu estava numa dessa bicho, veja só o que aconteceu

    Comprei uma sanfona bem desafinada
    Gostava de tocar pra turma da pesada
    Gostava de ver aquela moçada
    O baile ia até de madrugada

    A turma só dizia isso é o fim
    A sanfona do meirinho só fazia assim
    Parafanfunfunfunfunfunfun piripirifinfun furinfó firinfinfum

    Arranjei a namorada por sinal muito bacana
    Toquei sanfona pra ela mais de uma semana
    Ela só dizia você não me engana
    Tocando seus bailinhos a preço de banana

    A turma só dizia isso é o fim
    A sanfona do arlindo só fazia assim
    Parafanfunfunfunfunfunfun foriiiinfinfum forinfinfum

    Num desses bailes que a gente estava tocando, chegou um
    Cara com o nome de joão bravo, chegou dando tiro, quebrou o lampião
    E a turma na escuridão se mandou todo mundo, ficou eu com minha sanfona desafinada que dava dó
    Aí o cara chegou pra mim e falou assim
    A por menino! Se tu num toca um forró direitinho eu furo o fole dessa sunfona home!
    Nessas alturas chegou o italiano, o italiano era o dono do baile
    Ele falou assim
    Sanfuneiro cachoron! Toca uma mazurca pra mim dançar com minha rosa que ta afinadinha, se ocê num tocá eu vou te dá uma purretada na cabeça, enfia as trova!
    Mas um mineiro quando chega no fandango ele põe pra quebrar!
    E o mineiro estava com a namorada, ai ele chegou pra mim e falou assim
    Uai sô! Será que nós precisa aprontar um regaço nesse trem?

    Eu era afamado em toda aquela zona
    Só porque tocava na minha sanfona
    Um dia apaixonei por uma dona
    Fiz uma briga danada e virei uma azeitona

    A turma só dizia isso é o fim
    A sanfona do zé bettio só fazia assim
    Parafanfunfunfunfunfunfun piripirifinfun furinfó firinfinfum

    Eu sei que todo mundo gosta de curtir uma boa e vai curtir num baile
    E nesse baile ele dança qualquer ritmo, mas, nessas alturas chegou o gaúcho
    Chegou arrastando a espora, quebrou o chapéu na testa e falou assim
    Não te estique que a cama é curta, e num te entregue nem que cai as carça, tchê!
    Mexe com gaúcho é cutucar o diabo com a vara curta!
    Me toque um vanerão, senhor!

    Bom gente, quero deixar aquele abraço pra vocêis
    Agradeço os aplausos e incentivo, o calor
    O carinho de vocêis para com a gente e eu vou é me mandar bicho
    Porque a sanfona minha continua com o fole furado
    Desafinada que da dó e faz igualzinho um jegue
    Igual um jumento, presta atenção, olha
    Porque que não veio onti, onti, onti, onti, onti, onti

    Composição: José Homero Béttio / Meirinho. Essa informação está errada? Nos avise.
    Enviada por Gladson. Revisões por 4 pessoas. Viu algum erro? Envie uma revisão.

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