Milonga Celestial

Milonga Celestial

Milonga Celestial

Ontem à noite em um doce sonhoAnoche en un dulce sueño
Eu fui para a rocha do céuMe fui a la peña del cielo
Buscar confortoPara buscarle consuelo
Para o meu espírito de Buenos AiresA mi espíritu porteño
eu fiz o meu melhorPuse mi mayor empeño
Ser capaz de subirPara poderme elevar

Quando eu tive que pararCuando me hube de parar
Antes de um grande portão de açoAnte un gran portón de acero
De dentro veio um goleiroDe adentro salió un Portero
Quem começou a me questionarQue me empezó a interrogar

O que você está fazendo nessas regiões?¿Qué hacés por estas regiones?
Ele disse, meio bravoMe dijo, medio enojado
E eu respondiY contesté abatatado
Eu venho em busca de emoções!¡Vengo en busca de emociones!
Se você não tem relacionamentosSi no tenés relaciones
Não venha construir um bordelNo vengás a armar burdel
Gardel está cantandoEstá cantando Gardel
Nesta rocha sagradaEn esta Sagrada Peña
Se você não tem uma senhaSi no tenés contraseña
Peça a permissão delePedile permiso a él

Entre tuberosa e papoilasEntre nardos y amapolas
Carlitos andou o restoCarlitos largaba el resto
Pibe Ernesto o acompanhaLo acompaña el Pibe Ernesto
Eduardo Greco Pacho ArolasGreco, Pacho, Eduardo Arolas
Mais atrás na filaMás atrás formando cola
Barbieri com RiverolBarbieri con Riverol

Seu papel era tão divinoFue tan divino su rol
E tão celestial o ecoY tan celestial el eco
O que forçou Elena GrecoQue oblicó a la Elena Greco
Um canyenguear no plano BA canyenguear en si bemol

E quando voltei à vidaY cuando volví a la vida
Meus olhos rolaram chorandoMis ojos volcaban llanto
Pedindo esse charmePidiendo por ese encanto
Morte tão ocultaLa muerte tan escondida
No meu querido violãoEn mi guitarra querida

Eu procurei a nota racialBusqué la nota racial
O sublime, espiritualLo sublime, espiritual
O puro dos meus sonhosLo puro de mis ensueños
Dar aos portenhosPara darle a los porteños
A milonga celestial!¡La milonga celestial!