Auld Lang Syne

Memórias e reencontros em "Auld Lang Syne" de Rod Stewart

A música "Auld Lang Syne", interpretada por Rod Stewart, gira em torno da importância de manter vivas as amizades e memórias do passado. A pergunta repetida “Should auld acquaintance be forgot, And never brought to mind?” (Devem as velhas amizades ser esquecidas e nunca mais lembradas?) destaca a preocupação central da canção: não deixar que as relações e experiências antigas se percam com o tempo. A expressão escocesa “auld lang syne” significa “tempos idos” ou “velhos tempos” e convida à reflexão sobre o valor das conexões que moldaram nossas vidas.

A letra menciona momentos compartilhados, como “We twa hae run about the braes, And pu'd the gowans fine” (Nós dois corremos pelos campos e colhemos belas flores), e também reconhece as distâncias e desafios enfrentados: “But seas between us braid hae roared” (Mas mares largos rugiram entre nós). Esses trechos reforçam a ideia de que, mesmo separados por tempo ou distância, os laços de amizade permanecem. O verso “tak a cup o' kindness yet” (tomar mais uma taça de gentileza) simboliza o ato de brindar ao passado e renovar os laços afetivos.

Na versão de Rod Stewart, muito associada a celebrações de Ano Novo e despedidas, a música ganha um tom de esperança e calor humano. Ao cantar “And there's a hand, my trusty fiere, And gie's a hand o' thine!” (E aqui está minha mão, meu fiel amigo, e me dê a sua!), a canção propõe um reencontro simbólico, onde o aperto de mãos representa a continuidade das amizades. "Auld Lang Syne" se consolida como um hino universal de despedida, renovação e gratidão pelas amizades e lembranças que resistem ao tempo.