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Irreverente

Rodriguez 03

Letra

    Muito respeito a quem sempre me respeitou
    Dois pé no peito dos leigo que me peitou

    Sem choro nem vela
    Só “goró” e vela, ó

    “Diss” acappella, pô
    “Flow” que da nó

    E eu vou de “boombap”
    É “clack click”

    Meu “mic check”
    De “bass”, hits

    São Rap, Traps
    Em “bad trips”

    E eu pique “fat”
    Mas “class”, “bitch”

    Pros Kit Kat na larica
    Eu quero “cash” e não é só brisa

    É “weed”, “track” e filosofia
    E pros pé de breque é mais um na mira, “vrai”!

    Não lembro de assinar contrato com ninguém
    Mas tem vários rato querendo o mal pro meu bem

    Faz Rap pacato que vários já fez
    É o terror dos caga regra no “mic” mais uma vez

    E eu já “tô” perdendo um pá de “parça” eu “tô” fraco
    Minha mente me rende, me passa mas eu não vou

    Me render pra ditador fraco
    Isso é fato consumado, “pilaco” eu não “tô” calado

    Não, não se cala pra pala de quem te fala
    Minha cara é baga da cara de cara que cala a fala, para, para

    Autoridades que alteram minha alteridade, que ferem diversidades
    Preferem te ver cercados, contratos tratos marcados, contraem sua liberdade

    Liberam feras covardes que criam cartas marcadas
    Em telas, belas novelas, em celas padronizadas

    São os padrões de que comportam, onde ações fecham portas
    E te param por conta de nada, para que farda? Para quem farda?

    Para de falar, justiça não tarda, falha
    Resolve as suas pala pelo caixa 2 mas se eu for dá um 2 é no fio da navalha

    Eu não sou da sua laia, é do verde ou da palha?
    Deixe que pensem, deixem que falem
    Deixe que digam mas nunca deixe que te calem

    Polícia, a minha brisa é minha e eu não me rendo
    Que fita eu não ligo se deus tá vendo

    Cuida da sua e eu “tô” vivendo
    Eu sou da geração perfume e “tô” fedendo

    “Vrai” tio, caiu, partiu viu que eu sou difícil e não “tô” pra bico
    E “cê” desacreditou disso, louco eu sou liso, só o começo te finalizou

    São sacrilégios, e eu “tô” de pé pra esses sintéticos, genéricos
    Que impede mágicos. Firo seu “cardio”, rapaz, “cê” já tá mordido

    É que “cê” sempre quis fazer e eu fiz melhor, moro?

    Chapa, desgraça não é pouca
    Passa, disfarça de touca, canta e não passa
    Sufoca na bota das moça

    E eu respiro, me tiro, reflito, me viro e repito, “motha fucka”
    Eu já falei que o Rap é tudo e eu não calo minha boca

    Tente calar minha voz se meu Rap te ofende
    “Cês” nunca se agradou com o diferente

    E não desmente pra vocês eu sou doente e pá
    Mas “tô” ciente, irreverente e não vou me calar


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