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Milonga Abaixo de Mau Tempo

Rogério Melo

LetraSignificado

    Coisa esquisita a gadaria toda,
    Penando a dor do mango com o Focinho n'água
    O campo alagado nos obriga a reza,
    No ofício de quem leva, pra enlutar as mágoas...

    O olhar triste do gado atravessando o rio,
    A baba dos cansados afogando a volta,
    A manhã de quem berra num capão de mato,
    E o brado de quem cerca repontando a tropa...

    Agarre amigo o laço,
    Enquanto o boi tá vivo,
    A enchente anda danada molestando o pasto,
    Ao passo que descampa a pampa dos "mirréis"
    E a bóia que se come, retrucando o tempo
    Aparta do rodeio a solidão local
    Pealando mal e mal o que a razão quiser...

    Amada!
    Me deu saudade,
    Me fala que a égua tá prenha,
    Que o porco tá gordo,
    Que o baio anda solto,
    E que toda a cuscada lá em casa comeu!

    Coisa mais sem sorte este peste medonha,
    Curando os mais bichados deu febre no gado,
    Não fosse a chuvarada se metendo a besta,
    Traria mil cabeças com a benção do pago...

    Dei falta da santinha limpando os peçuelos,
    E do terço de tento nas preces sinuelas,
    Logo em seguidinha é semana santa,
    Vou cego pra barranca e só depois vou vê-la!


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