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A Minha Cordeona e Seus Chamamés

Rogério Villagran

Letra

    A Minha cordeona, chorona me disse,
    Que nada seria do jeito que é,
    Se o vento silvasse sempre um chamamé
    E algum sapucay de longe se ouvisse

    Porque ela imagina, ser chamameceiro,
    O que se levanta junto a um redemoinho
    A seiva da terra rebusca um carinho
    E a gente do nada se torna gaitero

    A minha cordeona, por dona da ânsia
    De ter ventanias nas suas entranhas
    É como se fosse, escrava das manhas,
    Que se manifestam buscando distâncias

    Quem sabe uma brisa, por dentro lhe seja
    Suspiros macios, de algum sentimento
    Talvez chamamé, idioma do vento
    Que sopra no oitão e na quincha forceja

    A minha cordeona, que entona floreios,
    Requinta o gracioso bailado da linda
    Que deixa no ar a fragrância bem vinda
    Por onde flutuam compassos de anseios

    Assim chamamé, o que a gaita sustenta
    Quando pelos dedos, se escapam sonidos
    E o que vem da alma, não será perdido
    Mesmo que do fole, levantem tormentas


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