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Quarta Hora

Romulo Fróes

Letra

    No cume das coxas
    Embaixo do umbigo
    Plantava o arroz que colhia
    Guardava a neblina
    Do mundo lá fora
    Onde o zumbido infame
    Da TV não entrava

    Minha plantação de trigo
    Minha catedral de vidro
    Minha assombração
    Espantalho e vigia
    Tótem do meu espanto
    Canto, Canto, Canto

    Guarda as minhas palavras
    Não há palavras aqui
    Não há ninguém por aqui
    Meu amor
    Não há amor por aqui
    Nem estrelas geladas, nem
    Nem

    Aqui só há dois
    Nós dois, nós dois
    Gozando no caos
    Imersos no imenso curtume


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