LAX

Contrastes da fama e vulnerabilidade em “LAX” de ROSALÍA

Em “LAX”, ROSALÍA expõe a desconfiança e a autoproteção que desenvolveu diante das relações superficiais trazidas pela fama. Logo no início, ela afirma: “Me fío más de mi peor enemigo que de ti” (Confio mais no meu pior inimigo do que em você), deixando claro que prefere confiar até mesmo em quem considera adversário do que em pessoas que se aproximam por interesse. O contraste entre conquistas materiais, como “París match, Motomami en Louis bag”, e a sensação de perda emocional em “Pero tú tienes todo lo que perdí” (Mas você tem tudo o que perdi), mostra que o sucesso não preenche todos os vazios e que algo importante ficou para trás.

A música também destaca a ironia e a autoconfiança de ROSALÍA, especialmente quando diz: “linda pa' mi flex, nunca linda pa' mi ex” (bonita para ostentar, nunca para meu ex), indicando que sua autoestima não depende de antigos relacionamentos, mas de si mesma. Referências como “Jetlag en mi Rolex” (Jetlag no meu Rolex) e “Paparazzi, Rolleiflex” ilustram o ritmo intenso e a exposição constante da vida de celebridade. Ao mencionar “Muchos más cuchillos en el VIP” (Muito mais facas no VIP), ela simboliza as traições e falsidades do meio artístico. O refrão “Se siente heavy” (Sente-se pesado) reforça o peso das expectativas e da fama, enquanto “Antes que quemen, me dejen salir” (Antes que queimem, me deixem sair) revela o desejo de escapar das pressões antes que se tornem insuportáveis. Ao citar o visto O-1, ROSALÍA enfatiza que seu sucesso é resultado de esforço, não apenas de sorte. Assim, “LAX” retrata de forma direta os desafios, as contradições e os custos emocionais do estrelato.