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Letra

    Naquele imenso sertão
    Onde meu pai trabalhou
    Sofreu e não conseguiu
    Colher o que ele plantou
    Com sua mão calejada
    A terra bruta lavrou
    Pra criar os filhos seus
    Muito suor derramou
    E por infelicidade
    A morte sem piedade
    Pra sempre o velho levou

    Trago em minha lembrança
    Tudo que meu pai deixou
    Me lembro da carrocinha
    E o burrinho marchador
    Carpideira e arado
    Que muita terra tombou
    Não me esqueço do monjolo
    Que ele mesmo fabricou
    Do tempo que já se foi
    Também o carro de boi
    Abandonado ficou

    Hoje é uma cidade
    No lugar que ele morou
    Uma floresta de pedra
    Que o progresso transformou
    Seu ranchinho de sapé
    O tempo desmoronou
    Choro de tanta tristeza
    Ao ver que tudo mudou
    Não vejo mais plantação
    É o preço da evolução
    Que nosso mundo alcançou

    Essa é história do meu pai
    Quem conhece não duvida
    Foi um homem de coragem
    Lutou até o fim da vida
    O velho não teve sorte
    Sua força foi vencida
    Muita gente até chorou
    Na hora da despedida
    Meu pai foi um cidadão
    Que me deixou recordação
    Depois da sua partida


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