Viadouro 2026 - Cláudio Mattos

Legado e paixão pelo samba em “Viadouro 2026 - Cláudio Mattos”

A música “Viadouro 2026 - Cláudio Mattos”, interpretada por Samba Concorrente, faz uma homenagem à trajetória de Moacyr da Silva Pinto, o Ciça, mestre de bateria e figura marcante do samba carioca. A letra destaca a ligação de Ciça com o Estácio, berço do samba, e ressalta sua importância como herdeiro da tradição iniciada por Ismael Silva, fundador da primeira escola de samba. Isso fica claro no verso “Um menino orgulha Ismael, bicho novo”, que mostra o respeito entre gerações e a continuidade do samba.

A música valoriza elementos essenciais da escola de samba, como a bateria e o papel do mestre, citando instrumentos como “surdo, tarol e repique” e o “apito”, símbolos do comando e da identidade do grupo. Referências como “trem caipira” e “olhar da baiana” trazem imagens clássicas dos desfiles e da cultura popular. O tom é nostálgico e celebratório, especialmente em versos como “Eu vi a vida pulsar como fosse canção” e “Se eu for morrer de amor, que seja no samba”, que expressam a paixão de Ciça pelo samba. Metáforas como “Maestro fez do couro sinfonia” e “Feiticeiro das evocações” exaltam o talento de Ciça em transformar a bateria em algo especial. O reconhecimento do legado aparece em “O nome de Moacyr é legado do mestre caveira”, enquanto “Sou eu, mais um batuqueiro a pulsar por você” mostra como ele inspira novas gerações. O refrão “Não esperamos a saudade pra cantar / Do mestre dos mestres herdei o tambor” reforça a celebração em vida e a continuidade do legado de Ciça no samba.