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Sambeagá

Samuel Queles

Letra

    A sua história é um convite para festa
    Subir Bahia e depois descer floresta
    Teto de zinco aquece música e teatro
    Da vida faz o palco e arte em um só ato

    Um monumento prá falar da independência
    Arte na praça prá cantar modernidade
    Eucaristia reunindo penitências
    E reis passeiam nos jardins da liberdade

    A arquitetura de um gênio aclamado
    Torna singelo o complexo original
    Metropolismo de um belo cartão postal
    De linhas curvas, no espelho, desenhado

    A ferrovia e seus heróis da inconfidência
    Ofício e arte resgatando evidências
    As tuas praças em eterna primavera
    E o pontifício beija o chão de tua terra

    Eu amo belo horizonte, eu sou mineiro
    Eu sou minas gerais! Eu sou minas gerais

    Há que louvar essa contemporaneidade
    Cosmopolita essa nossa mineiridade
    De tudo um pouco e em cada pouco tem de tudo
    E cada canto desse chão respira o mundo

    Na praça a prosa de zamoiski e ceschiatti
    E Portinari brincando com burle marx
    José pedrosa abençoa são francisco
    E a procissão sacramentando Jesus cristo

    Tem mata atlântica, amazônia e cerrado
    Tem tromba-tromba e trem fantasma em Guanabara
    Tem os jardins de um mundo inteiro preservado
    E ao pé da serra, em flor, a mangabeira rara

    Tuas paredes guardam partes da história
    Do neoclássico ao sacro colonial
    As pedras vivas de um museu memorial
    E um casarão com mil pedaços de memória

    Arcadas góticas encerram fé plangente
    O pio sagra suas torres penitentes
    E a catedral com seus vitrais como luzeiros
    Despede em paz o viajante aventureiro

    E o que dizer de tua singularidade
    Onde uma rua desafia a gravidade
    Palavra é trato, mais que fato ou dinheiro
    Nossa riqueza é o dom de ser hospitaleiro

    As aquarelas vivas, multicoloridas
    Vão florescendo sob o sol artesanal
    E serpenteiam reinventando a avenida
    Jogando vida na pintura matinal

    As tuas noites: Um convite à boemia
    Dão aconchego ao sequioso folião
    Em cada esquina tem um copo e um coração
    E em cada copo um pouco de fantasia

    Jamais teu belo horizonte perca o belo
    Nem teus projetos sejam fruto da ambição
    Jamais teu belo se afaste do singelo
    Nem o concreto aprisione o coração

    Belo horizonte sejas meu porto seguro
    Eu quero sempre desejar-te justa glória
    Tu és porta de entrada para a história
    Tu és porta de saída para o futuro


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