Quinto A
Tercer año, colegio nacional
Quince años, toda la libertad
Desde una esquina, parado yo la vi
Tras la ventana, la belleza estaba allí
Inalcanzable a mis manos y a mi voz
Me despertaste al mundo nuevo del amor
Que me costó más de un llamado de atención
De profesores, celadores y el rector
Que había cambiado que no era más aquel
Buen estudiante al que todo le iba bien
Y mi secreto a todo el mundo le conté
Era tan mío que al fin de él, me enamore
Mis compañeros y sus bromas que aguantar
Insoportables me hacían, enojar
Un ingenioso en mi carpeta dibujo
Una ventana y dentro de ella todo el Sol
Que he de hacer para llegar a dónde estas
Que inventaré para poderte enamorar
El fin fe curso, con su baile es la ocasión
De conseguir que llegue a ti mi invitación
Con la tarjeta de ese baile llego al fin
Y en portería alguien me dice
No, no es aquí
Con insistencia le detallo el ventanal
Y al darse cuenta, me señala el quinto a
Con mil temblores a la puerta yo llamé
Y por la voz que respondió, pensé, no, no es
La que yo guardo y en suspenso espere
Porque esa voz tenía el tiempo y la vejez
Dime muchacho, ¿a quién buscas por aquí?
Es a una joven que que tras la ventana vi
No yo vivo sola, mi familia no está aquí
Tras la ventana, solo has visto, un maniquí
No un maniquí, no no no no
Quinto A
Terceiro ano, escola nacional
Quinze anos, toda a liberdade
De um canto, eu a vi parada
Atrás da janela, a beleza estava lá
Inalcançável para minhas mãos e minha voz
Você despertou em mim o mundo novo do amor
Que me custou mais de uma advertência
De professores, inspetores e o diretor
O que havia mudado, não era mais aquele
Bom aluno a quem tudo ia bem
E meu segredo contei a todo mundo
Era tão meu que, no final, me apaixonei
Meus colegas e suas brincadeiras que aguentar
Insuportáveis, me faziam ficar com raiva
Um engenhoso desenho em minha pasta
Uma janela e dentro dela todo o sol
O que devo fazer para chegar onde você está
O que inventarei para poder te conquistar
O fim do ano letivo, com seu baile, é a ocasião
De conseguir que meu convite chegue até você
Com o cartão desse baile, finalmente chego
E na portaria alguém me diz
Não, não é aqui
Insistentemente, descrevo a janela
E ao perceber, ele aponta para o quinto A
Com mil tremores, bati na porta
E pela voz que respondeu, pensei, não, não é
Aquela que guardo e esperei em suspense
Porque aquela voz tinha o tempo e a velhice
Diga-me, rapaz, quem você procura aqui?
É uma jovem que vi atrás da janela
Não, eu moro sozinha, minha família não está aqui
Atrás da janela, você só viu um manequim
Não, não é um manequim, não, não, não, não