Y en a point comme nous
Le Vaudois, j'en suis un "de sorte"
Comme on dit, étant de Daillens
Avec tout ce que ça comporte
De solide et de défaillant,
Ce qui me permet, sans faiblesse
D'en parler sans ménagement
Le Vaudois volontiers professe
Cet axiome énergiquement
C'est même là-dedans et ça m'ennuie
Qu'il dépense toute son énergie
En affirmant, saoul ou pas saoul
"Y en a point, y en a point comme nous !" {x2}
Cet axiome, dur comme roche
Nos voisins l'ont trouvé si beau
Que les cantons, de proche en proche
L'ont adopté, comme un drapeau.
Si bien qu'il est devenu suisse
Et que de Bâle à Lugano,
De Rapperswil à Saint-Sulpice
Ayant franchi la terre et l'eau
Chaque citoyen, joie extrême
Devant Dieu seul, orgueil suprême
Fléchissant, dit-on, les genoux
Le proclame : "Y en a point comme nous !" {x2}
Nous avons nos vertus, c'est juste
Nos qualités, c'est entendu.
Rendons à nos bureaux augustes
Les hommages qui leur sont dus.
Saluons Berne et ses oukases
Sa police et ses règlements
Adoptons la marche bernoise
Et marchons au commandement.
Sans discuter suivons le guide
Mais ne disons plus, c'est stupide
Puisqu'ils ont tout ça à Moscou
"Y en a point, y en a point comme nous !" {x2}
Bien qu'à cheval sur la morale
Portant des vertus l'étendard
Nous avons nos petits scandales
Qu'on étouffe avec beaucoup d'art.
Il y en a de militaires
Avec d'austères colonels
Et d'autres, moins spectaculaires
Mais tout aussi traditionnels
Dans la pédale et la finance.
Mais comme on en signale en France
Gardons-nous d'affirmer surtout
"Y en a point, y en a point comme nous !" {bis}
A vrai dire, pour le tourisme
Nous pouvons nous servir encore
De ce merveilleux aphorisme
Car là, nous sommes les plus forts.
Coup d'fusil des années heureuses
Fini ! Certains restaurateurs
Ont adopté la mitrailleuse
Et pan ! Pan ! Sur les visiteurs !
Comme ça on peut dire, l'âme fière
Qu'nous aussi on a fait la guerre
Mais pour gagner à tous les coups
"Y en a point, y en a point comme nous !" {x2}
Hitler a sauté sur la France
Sur les Balkans, l'U.R.S.S.
Il a étendu sa puissance
De Narvik au canal de Suez
Mais quand il a vu nos milices
Nos blindés, nos forts, nos tunnels
Les bras noueux des bergers suisses
Les galons de nos colonels
Ça lui a foutu la pétoche !
M'a dit Borgeaud, puisque les Boches
N'ont pas osé tenter le coup
"C'est la preuve qu'y en a point comme nous !" {x2}
Borgeaud m'a dit : "C'est bien facile
De critiquer, mais entre nous,
Nos tea-rooms, nos funis, nos villes
Nos chemins de fer, ça compte après tout.
Et notre bonté ! le Don Suisse
Soyons discrets, bien entendu
Mais tout de même ces services
C'est aux autres qu'on les a rendus
Et notre confort et le reste"
J'ai répondu : "Restons modestes"
Car pour la modestie, c'est fou
"Y en a point, y en a point comme nous !" {x2}
E não há ninguém como nós
O Vaudense, eu sou um "dessa forma"
Como se diz, sendo de Daillens
Com tudo que isso envolve
De sólido e de falho,
O que me permite, sem fraqueza
Falar disso sem cerimônia
O Vaudense, com prazer, professa
Esse axioma energicamente
É até nisso e isso me irrita
Que ele gasta toda sua energia
Afirmando, bêbado ou não
"E não há ninguém, e não há ninguém como nós!" {x2}
Esse axioma, duro como pedra
Nossos vizinhos acharam tão bonito
Que os cantões, de perto em perto
Adotaram-no, como uma bandeira.
Tanto que se tornou suíço
E que de Basileia a Lugano,
De Rapperswil a Saint-Sulpice
Tendo cruzado a terra e a água
Cada cidadão, alegria extrema
Diante de Deus, orgulho supremo
Ajoelhando, dizem, os joelhos
Proclama: "E não há ninguém como nós!" {x2}
Temos nossas virtudes, é verdade
Nossas qualidades, está entendido.
Dediquemos aos nossos escritórios augustos
As homenagens que lhes são devidas.
Saudemos Berna e seus decretos
Sua polícia e seus regulamentos
Adotemos a marcha bernense
E marchamos ao comando.
Sem discutir, sigamos o guia
Mas não digamos mais, é estúpido
Já que eles têm tudo isso em Moscou
"E não há ninguém, e não há ninguém como nós!" {x2}
Embora em cima da moral
Erguendo as virtudes como estandarte
Temos nossos pequenos escândalos
Que abafamos com muito talento.
Há os militares
Com austérios coronéis
E outros, menos espetaculares
Mas igualmente tradicionais
Na pedalada e nas finanças.
Mas como se sinaliza na França
Cuidemos de não afirmar, sobretudo
"E não há ninguém, e não há ninguém como nós!" {bis}
Para ser sincero, para o turismo
Podemos ainda nos valer
Desse maravilhoso aforismo
Porque lá, somos os mais fortes.
Tiro de fuzil dos anos felizes
Acabou! Alguns restauradores
Adotaram a metralhadora
E pá! Pá! Sobre os visitantes!
Assim podemos dizer, alma orgulhosa
Que nós também fizemos a guerra
Mas para ganhar em todas as situações
"E não há ninguém, e não há ninguém como nós!" {x2}
Hitler pulou na França
Nos Bálcãs, na U.R.S.S.
Ele estendeu seu poder
De Narvik ao canal de Suez
Mas quando viu nossas milícias
Nossos blindados, nossos fortes, nossos túneis
Os braços musculosos dos pastores suíços
As insígnias de nossos coronéis
Isso deixou ele apavorado!
Me disse Borgeaud, já que os alemães
Não se atreveram a tentar a sorte
"É a prova de que não há ninguém como nós!" {x2}
Borgeaud me disse: "É muito fácil
Criticar, mas entre nós,
Nossas casas de chá, nossos funis, nossas cidades
Nossos trens, isso conta afinal.
E nossa bondade! o Don Suíço
Sejamos discretos, bem entendido
Mas mesmo assim, esses serviços
Foram aos outros que os prestamos
E nosso conforto e o resto"
Eu respondi: "Vamos ser modestos"
Porque para a modéstia, é loucura
"E não há ninguém, e não há ninguém como nós!" {x2}