Ode V
Ya chuvstvuyu dyhanie smerti,
Ya slyshu kryl'ya Harona
Ya chuvstvuyu ego seti
Ya umirayu, no sny moi yasny
Ya umirayu, no zhizn' moya - sny
Ya vspominayu,
Kak more krasnelo ot krovi,
Ya vspominayu,
Kak veter svobody ya p'yu,
Ya vspominayu
Vavilona rassvet i padenie
Pered vzorom moim prohodyat sobytij teni
Chere glubiny bezdonnye smerti
Ya vspominayu moloduyu vselennuyu
Ya vspominayu tu t'mu, chto est' svet,
Pozhravshij sebya
S teh por mnogo raz izmenilas' Zemlya
K legendam, k e`l'fiijskim polyam
Stremitsya sush`nost' moya
Ya pomnyu pravlenie mertvogo boga
Ya pomnyu to schast'e svobody,
Polki Velikogo Sveta u vrat bozhestva,
Zabravshego um cheloveka
Ya pomnyu tron korolya
Na mlechnom puti bezymyannogo boga
Ya znayu, kak more mogush`estva
Poglotit istinu solnca
Ya pomnyu,
Kak mechom probival dorogu k priboyu,
No mech moj istlel -
Ostalsya lish' son...
Ode V
Eu sinto a respiração da morte,
Eu ouço as asas de Caronte
Eu sinto suas redes
Estou morrendo, mas meus sonhos são claros
Estou morrendo, mas minha vida - são sonhos
Eu me lembro,
Como o mar ficou vermelho de sangue,
Eu me lembro,
Como o vento da liberdade eu bebo,
Eu me lembro
Do amanhecer e da queda da Babilônia
Diante dos meus olhos passam as sombras dos eventos
Através da profundidade sem fundo da morte
Eu me lembro da jovem galáxia
Eu me lembro daquela escuridão que é luz,
Que se devorou
Desde então a Terra mudou muitas vezes
Em direção às lendas, aos campos élficos
Minha essência se esforça
Eu me lembro do reinado do deus morto
Eu me lembro daquela felicidade da liberdade,
As prateleiras do Grande Mundo na porta da divindade,
Que esqueceu a mente do homem
Eu me lembro do trono do rei
Na Via Láctea do deus sem nome
Eu sei como o mar de poderes
Pode engolir a verdade do sol
Eu me lembro,
Como a espada abria caminho para a arrebentação,
Mas minha espada se desfez -
Restou apenas um sonho...