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Letra

    Aí, moço, eu vim aqui pra registrar umas músicas, é coisa simples
    É o que? É musicas?
    É coisas bobas que escrevo, que na real eu queria botar no meu nome

    Meu papel, poetizar contra essa fluxo cruel
    Contra a correnteza que afasta meus irmãos do céu
    Não é documento de cartório nem um regimento
    Trago minhas músicas que falam o que passa aqui dentro de mim
    É tipo assim "neguim", pra carimbar no céu o que Deus espera de mim
    Tô na missão né

    Não vou voltar, e vou andar com fé
    Porque a fé não costuma "faiá"
    E se conforma,na vida, você é alvo e também mira
    Se quiser colar, essa é a firma
    É o papel!
    E ta palavra

    Quanta gente passa a vida sem no fim não ter vivido nada
    - Não vou baixar um nada consta aqui da consciência!
    Certidões e documentos que comprovem sua inocência!
    -Não sou inocente e nesse mundo ninguém é!
    E to falando desde o padre,do político ao gambé!
    É meu papel

    E pede autorização! Que a gente quer se registrar em cada coração
    E se a porta do cartório não tiver aberta?
    Se o escrivão fica doente quem registra a sua meta?
    E a testemunha? E se ela não testemunhar?
    A gente faz uma canção que geral vai cantar!
    Ô seu moleque, meu cartório não aprova moda!

    Aqui tem que ser foda,pra tirar uma onda e umas nota
    Agora, se tu quiser! Tu volta outra hora
    Porque já chegou a chuva e a luz foi embora
    É bote certo! Melhor ficar esperto
    Que nunca falte na cabeça luz
    Igual falta no teto

    Que nunca falte na cabeça luz
    Conhecimento é o que te conduz
    Não deixe que apaguem sua luz
    Mesmo que isso te coloque numa cruz
    (Tipo Jesus)

    Meu papel
    É poetizar contra esse fluxo cruel
    Contra a correnteza que afasta as minas do céu
    Sem guichê e senha! A música não vai esperar
    Será que só depois que eu morrer que "cês" vão me notar
    Aí! Vim aqui pra me registrar
    Se alguém falar meu nome, ter algo bom pra falar
    E aquilo.

    Cantar o meu passado pros seu filhos
    Eu me aventuro! Um dia eu desses mudo pra pensar direito nisso
    É no pape cada indivíduo é um ofício
    Toda mente é um cartório produzindo um relatório místico
    Fiador são nossos verdadeiro amigo
    Que ainda acredita nesse sonho pra que ele seja deferido

    Que gritaria! Tabelião, como que cê deixa o seu cartório acabar energia
    É meu papel!
    E pede autorização! Que a gente quer se registrar em cada coração
    Não sou inocente e nesse mundo ninguém é!
    E to falando desde o padre,do político ao gambé!
    É meu papel
    Que nunca falte na cabeça luz
    Conhecimento é o que te conduz
    Não deixe que apaguem sua luz
    Mesmo que isso te coloque numa cruz
    (Tipo Jesus)

    Composição: Sergio Dall'Orto. Essa informação está errada? Nos avise.

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