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Fazenda São Francisco (Maior Proeza)

Sérgio Reis

LetraSignificado

    Na fazenda São Francisco, na beira do rio da morte
    Com outro caminhoneiro, traquejado no transporte
    Fui buscar uma vacada, para o criador do norte
    Na chegada eu pressentia, que era um dia de sorte
    Depois do embarque feito só sobrou um boi de corte

    O mestiço era bravo, que até na sombra investia
    A filha do fazendeiro molhando os lábios dizia
    Eu nunca beijei ninguém, juro pela luz do dia
    Mas quem montar nesse boi e tirar a valentia
    Ganha meu primeiro beijo que eu darei com alegria

    Vendo a beleza da moça, meu sangue ferveu na veia
    Eu calcei um par de espora, e passei a mão na peia
    Peguei o mestiço a unha, rolei com ele na areia
    E enquanto ele esperneava, fui apertando a correia
    Mas quando eu sentei no lombo foi que eu vi a coisa feia

    O boi saltou a porteira, no primeiro corcoveado
    Numa ladeira de pedra, desceu pulando furtado
    Saia língua de fogo, cheirava a chifre queimado
    Quando os cascos do mestiço batiam no lajeado
    Parou berrando na espora ajoelhado, derrotado

    Pra cumprir sua promessa a moça veio ligeiro
    E disse: Você provou ser peão e boiadeiro
    Dos prêmios que eu vou lhe dar, o beijo é o primeiro
    Sua boca foi se abrindo, seu olhar ficou morteiro
    Nessa hora eu acordei abraçando o travesseiro

    Composição: Jesus Belmiro / Paraíso. Essa informação está errada? Nos avise.
    Enviada por Francnei. Revisões por 2 pessoas. Viu algum erro? Envie uma revisão.

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