Correnteza
Sérgio Souto
Eu sou como a correnteza viva
Dos rios da minha terra
Depositando nas margens
Pedaços do meu destino
E vai abrindo novos caminhos
Formando lagos serenos
Furta-cores, aquarelas
Dos meus sonhos de menino, menino, menino
Rio que enche e transborda
Desbravador solitário
Correndo sempre pra frente
Num presságio visionário
Vai vivendo e vai passando
Pelas cascatas, cachoeiras
Por turbilhões, corredeiras
Sem glórias e sem mágoas
Fugitivo como as aves
Vai semeando vida sobre as areias
Rio que passa entre as matas
Na sinfonia dos pássaros
Que sempre vai muito além
Que serve a todos
Mas não pertence a ninguém
Majestoso como os peixes
Lusente como as estrelas
Lambendo as ribeiras
Beijando os matagais
Misteriosa serpente
Derrama em minhas veias
A afluente esperança dos meus ancestrais
Rio que passa entre as matas
Na sinfonia dos pássaros
Que sempre vai muito além
Que serve a todos
Mas não pertence a ninguém
Majestoso como os peixes
Lusente como as estrelas
Lambendo as ribeiras
Beijando os matagais
Misteriosa serpente
Derrama em minhas veias
A afluente esperança dos meus ancestrais
Majestoso como os peixes
Lusente como as estrelas
Lambendo as ribeiras
Beijando os matagais
Misteriosa serpente
Derrama em minhas veias
A afluente esperança dos meus ancestrais
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