exibições de letras 4

Para você sou apenas um corpo
Sacrificado para lavrar esta terra
Dos sulcos do meu osso
Teu ouro civilizou a guerra
Os pedaços da minha carne
Acusam a penitência por minha voz
Meu sangue condena a humanidade
Pintando um firmamento atroz
No quilombo busco a eternidade
Uma chance para envelhecer
Espíritos não sobem ao céu escarlate
Nem a alma tem quinhão depois de morrer

Eu quero ir pra casa
Correr da senzala
Que o Brasil seja a minha África
Seja a minha casa

Eu não vou temer
Eu vou crescer
E o Brasil será minha África
Construí a casa

Você invejou a minha face
E se perdeu com tal beleza alucinante
E para que ninguém a visse e se encantasse
A escondeu com uma máscara de flandres
A minha existência amarga
Açucarava a sua vida
Nas moendas fui privada
De abraçar a minha filha
Do branco do algodão perdeste a salvação
Do preto do café vendeste a fé
Sou mais que a verbalização da canção
Dos portões da igreja saí de pé

Eu quero ir pra casa
Correr da senzala
Que o Brasil seja a minha África
Seja minha casa

Eu não vou temer
Eu vou crescer
E o Brasil será minha África
Construí a casa

Eu quero ir pra casa
Correr da senzala
Que o Brasil seja minha África
Seja minha casa

Não vou desistir
Nem vais me ferir
E o Brasil será minha África
Sou o solo sob a casa


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