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Pão Com Fome

SHARIF

Pan Pal Hambriento

Vuelvo a mi rito, al loop infinito
Al micro y al grito del verso
Al mismo delito, folios y escritos
Rap infinito como el universo
Pan pa'l hambriento, lo siento
Si en Zaragoza cambia el movimiento
Es música y viento, hora tras hora
Y el corazón latiendo a contratiempo

Sé del trabajo y sé del sudor
Sé del sabor de la sal del amor
Sé que hay atajos, pa' ganar fajos
Pero no pa' sentirse mejor
Y, ¿sabes de rap?, ¿sabes de mí?
¿De los malabares que hago pa' vivir?
Surcando los mares, jugando en los bares
A pares y nones contra el porvenir

Y no no no no no
Canción de cuna mi nana-na
Duérmete Luna que ya vuelve el Sol
A gastar su fortuna envidando otra vez de farol
Y bla bla bla bla bla
Mi Do Re Mi, mi Fa Fa Fa
Fácil de hacer, fluir fantástico
Sin fama, ni fajo, ni plástico

Solo en mi pompa, paso de alfombras
Soy más de andar por un suelo cualquiera
Cables y cruces, sombras y luces
Darme de bruces con la primavera
Dime a qué esperas
Quizás a un guaperas que parta la pana
Yo soy un hortera que amansa a las fieras
Con sueños y ojeras del fin de semana

Y nada va a hacerme cambiar
Ya no no, no quiero salir de aquí
La música cura la pura locura
De esta calentura que llaman vivir
Y sí, sigo aquí, yo sí
Igual que un pintor con su lienzo
Soy músico y brujo y al público embrujo
Como único lujo dibujo del silencio

Y shh, tranquilo y suave
Como el volar de un ave
A las puertas del cielo estoy pero perdí la llave
Hay mucho baile, mucha fiesta
Pero no voy a ninguna
Me quedo en mi casa, lejos de la masa
Pa' darle la brasa a la Luna y ya

Sí, 32 frases, solo por divertirnos
Acción Sánchez en el juego
Yo escribo la letra, cojo el micro y le doy fuego

Pão Com Fome

Volto ao meu ritual, ao loop infinito
Ao microfone e ao grito do verso
Para o mesmo crime, páginas e escritos
Rap infinito como o universo
Pão para quem tem fome, desculpe
Se o movimento mudar em Saragoça
É música e vento, hora após hora
E o coração batendo contra o tempo

Eu sei sobre trabalho e sei sobre suor
Eu conheço o sabor do sal do amor
Eu sei que existem atalhos para ganhar maços
Mas não para se sentir melhor
E você sabe sobre rap? Você sabe sobre mim?
Dos malabarismos que faço para viver?
Navegando pelos mares, brincando nos bares
Pares e probabilidades contra o futuro

E não, não, não, não, não
Canção de ninar minha canção de ninar
Vá dormir Lua, o Sol está voltando
Para gastar sua fortuna blefando novamente
E blá, blá, blá
Mi Do Re Mi, mi Fa Fa Fa
Fácil de fazer, fluxo fantástico
Sem fama, nem maço, nem plástico

Sozinho na minha pompa, passo pelos tapetes
Eu gosto mais de andar em qualquer andar
Cabos e cruzes, sombras e luzes
Ficando cara a cara com a primavera
Diga-me o que você está esperando
Talvez um cara bonito que quebra o cordão
Eu sou um cafona que doma as feras
Com sonhos e olheiras do fim de semana

E nada vai me fazer mudar
Não, não mais, eu não quero sair daqui
A música cura a pura loucura
Dessa febre que chamam de viver
E sim, ainda estou aqui, estou
Assim como um pintor com sua tela
Eu sou um músico e uma bruxa e enfeitiço o público
Como o único luxo que tiro do silêncio

E shh, calmo e suave
Como o vôo de um pássaro
Estou nos portões do céu, mas perdi a chave
Tem muita dança, muita festa
Mas eu não vou para nenhum
Eu fico na minha casa, longe das massas
Para dar a brasa para a Lua e pronto

Sim, 32 frases, só por diversão
Ação de Sánchez no jogo
Eu escrevo a letra, pego o microfone e acendo

Composição: