O Último e o Primeiro

Quem disse que eu mudei, que nunca mais farei
Que o que já fiz antes, não mais realizarei
Não sabe quem sou Eu, nem como posso agir
Que não estou preso ao tempo, o tempo é preso a mim

Quem disse e afirmou que não sou o Senhor
Que sou só mais um homem que na terra passou
Não sabem que sou Deus e ao mesmo tempo homem
Que estou no presente, no futuro e sei do ontem

Se Eu quiser Eu faço o relógio andar mais rápido
Eu paro o Sol e a Lua e o Tempo é parado
E se for necessário o tempo voltar atrás
Eu já dei esse exemplo no relógio de Acaz

Eu saro as feridas e também ponho a dor
Entro dentro do Sol e não sinto calor
Meu trono é acima do Universo, Eu sou Rei, sou o Senhor

Ando por cima do mar, quando quero
E quando eu não quero, eu abro o mar
Se também não quiser, caminhando no seu leito sem me afogar
Apago o fogo ou deixo aceso e entro dentro dele e saio ileso
Sou o último que falo, mas na tua casa Eu Sou o primeiro

Eu quebro o arco, Eu corto a lança
Eu queimo os carros no fogo
Eu tiro de quem tem e dou a quem não tem
Eu faço quem se acha grande ver sua pequinês
E ver que me vencer nunca terá vez

Faço, depois desfaço, destruo todo embaraço
Me levanto do trono, abro as mãos, estendo o braço
Faço tudo no meu tempo, nunca perco, sempre venço, nem muito menos empato

Que inquietação é essa se sou o dono da Terra?
Se Eu quiser Eu faço, sem lutar, vencer a guerra
Faço soprar o vento e trazer codornizes
Faço chover maná, pois para mim não tem limites

Continua cantando, fazendo a minha obra
Pregar meu evangelho, falar da minha glória
Cuida bem do que é meu, e Eu cuidarei dos seus e a ti darei vitória