Qué Sé Yo (nana)
No soy otra cosa que uno del montón
que un día desconfió del rebaño.
Soy carne de todo y esta condición
no admite el más mínimo engaño.
Me azotan los vientos, me bate la mar
y danzo si tiemblan los suelos.
Pero mi garganta no sabe cantar
si mi corazón no alza vuelo.
Para eso no hay alas, ni globo ni avión,
para eso sólo hay el amor.
Para eso no hay oro, París, Nueva York,
para eso sólo hay el amor.
Para eso no hay mando, para eso no hay Dios,
para eso sólo hay el amor.
Pudiera ser... o acaso ser...
No sé... Puede ser... Qué sé yo.
O Que Sei Eu (nana)
Não sou nada além de um qualquer
que um dia desconfiou da manada.
Sou carne de tudo e essa condição
não admite o menor engano.
Os ventos me açoitam, o mar me bate
e eu danço se a terra treme.
Mas minha garganta não sabe cantar
se meu coração não levanta voo.
Pra isso não tem asas, nem balão, nem avião,
pra isso só existe o amor.
Pra isso não tem ouro, Paris, Nova York,
pra isso só existe o amor.
Pra isso não tem controle, pra isso não tem Deus,
pra isso só existe o amor.
Poderia ser... ou talvez ser...
Não sei... Pode ser... O que sei eu.
Composição: Silvio Rodríguez