11 Y 3
The life is a test, una turra por mes
Te dice te amo y solo quiere cojer
Escucho un drumless, me saca todo el estrés
Detesto el mundo que gira constantemente en mis pies
Hice problemas, a la vez es mi peor día del mes
Un beso a mi mujer, otra cortada en mi face
Los miedos y los traumas se acumulan, ¿sabés?
Papá pegándole a mamá de nene, ¿qué iba a saber?
Cucarachas en edificios, chicos de Fuerte Apache
La primera vez que robaba latas pa' mis escraches
Son años de pobreza que metí en dos haches
Si escribo con el cora corte pa' que no se manche
Por esas noches re perdido en Buenos Aires
Porque ni la mejor comida hizo que olvide el hambre
Lo visto desde chicos, nos dolió de grandes
No me olvido de mi raza, la llevo en la sangre
Esto va por esas veces que me curtí solo
Porque papá no me pagaba la ropita Polo
Porque no escribo por escribir como aquellos loros
Yo sé muy bien que re bardeé, pero bardeé yo solo
Al rey no se le quita el trono
Yo no voy a bailar por plata porque no soy mono
Escupo sobre el lienzo hasta que el lienzo se haga oro
La music me dio todo, zorra, voy a darle todo
Aunque me quite esta vida, boxeo boombap todo el día
La mente pálida y fría
Vodka, fernet y porquería
Es LSD en tu retina
Tu ñeri ya es tranza cokito, ¿no lo sabías?
La policía, la droga y la droga manda en la esquina
Y vos que tanto rebajas al de la champer Adidas
Con la mirada vencida
Los tachos de esa avenida
Los vagos ganan lo que pueden pa' comprarse comida
Es otro bagullo de alegría
Otro bagullo de alegría
Lo mismo de todos los días
Ganándose la mierda por bagullos de alegría
Otro bagullo de alegría
Es otro bagullo de alegría
Es otro bagullo de alegría
Moviéndome en mierda por bagullos de alegría
Para todos esos pibes con la mente muerta
Para esos que sueñan, pero no despiertan
Sabé que estamos cerca, en tu calle, en tu esquina, estate alerta
11 e 3
A vida é um teste, uma tiração por mês
Te diz que te ama e só quer transar
Escuto um som sem batida, me tira todo o estresse
Detesto o mundo que gira constantemente nos meus pés
Fiz problemas, ao mesmo tempo é meu pior dia do mês
Um beijo na minha mulher, outra cortada na minha cara
Os medos e os traumas se acumulam, sabe?
Papai batendo na mamãe quando eu era pequeno, o que eu ia saber?
Baratas em prédios, moleques de Fuerte Apache
A primeira vez que roubei latas pra minhas pichações
São anos de pobreza que coloquei em duas letras
Se escrevo com o coração, corto pra não manchar
Por aquelas noites perdidas em São Paulo
Porque nem a melhor comida fez eu esquecer a fome
O que vi desde pequeno, nos machucou quando crescemos
Não esqueço da minha raça, levo na veia
Isso vai pra aquelas vezes que me endureci sozinho
Porque papai não me comprava a roupinha da Polo
Porque não escrevo por escrever como aqueles papagaios
Eu sei muito bem que fui escroto, mas fui escroto sozinho
Ao rei não se tira o trono
Eu não vou dançar por grana porque não sou macaco
Cuspo sobre a tela até que a tela vire ouro
A música me deu tudo, vagabunda, vou dar tudo
Mesmo que essa vida me tire, boxe boombap o dia todo
A mente pálida e fria
Vodka, fernet e porcaria
É LSD na sua retina
Seu mano já é tranza, não sabia?
A polícia, a droga e a droga manda na esquina
E você que tanto menospreza o cara da Adidas
Com o olhar cansado
Os lixos daquela avenida
Os vagabundos ganham o que podem pra comprar comida
É outro bagulho de alegria
Outro bagulho de alegria
A mesma coisa de todos os dias
Se virando na merda por bagulhos de alegria
Outro bagulho de alegria
É outro bagulho de alegria
É outro bagulho de alegria
Se movendo na merda por bagulhos de alegria
Pra todos esses caras com a mente morta
Pra aqueles que sonham, mas não acordam
Saiba que estamos perto, na sua rua, na sua esquina, fique esperto