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Letra

    Única e oficial, minha impressão digital
    Imortal na composição sobre o cordão umbilical
    Oráculo no fascículo do próximo século
    Estimulo o músculo no habitáculo do cérebro
    O meu hemisfério esquerdo é verbal, analítico
    Abstracto, temporal, perito no digito
    Redijo equações e canções de emoções
    O resultado é imprevisível como o tempo que dispões
    Trago lições num mundo de vilões e saqueadores da arte
    Fabricantes de armas e de carros de combate
    O ódio é como chamas em pleno verão de Agosto
    Consome tudo aquilo que à frente estiver exposto
    Vim de impérios intemporais, desastres naturais
    Dizimarem homens, mulheres, crianças e animais
    Imortais? São os pecados do Homem
    Que eternamente o perseguem e lentamente o consomem

    Nós só queremos ser imortais, sem pensar quanto tempo mais
    Ter poderes sobrenaturais, atravessar portais temporais

    Imortalidade não é o corpo durar sempre
    É com palavras e acções mudar a geração seguinte
    Ou seja, as palavras darem lugar às acções
    Não somos léria, são matéria, somos carne para canhões
    Aproveita esta passagem nesta selva de cimento
    De um passado enevoado vejo um futuro cinzento
    Vejo a luz que se extingue, ao fundo, tão distante
    Um farol, que agora é um cais, que nos amarra para sempre
    Qual é a coisa, qual é ela, dizem pecado mortal
    É a puta da ganância, nunca morre, é imortal
    Destroem o que ontem construímos com suor
    O progresso será pago com muita dor
    Absurdo este rumo, rumo à incerteza
    O povo em silêncio reclama prato na mesa
    É a imposição, a religião, os filhos da nação na luta
    São filhos de Deus tratados como filhos da puta!

    Imortal como o comma cloud no combate à fraude,
    Decapito o mal em solo sagrado enquanto a gera aplaude
    Lembrem-se da vibração
    Não da cara quando o nosso corpo pousar no caixão
    Usem as rimas como um astrolábio, sigam-nos no céu
    O vosso conhecimento é o nosso maior troféu
    Não somos escritores, chama-nos filhos do oculto
    A esperança média de vida para nós é um insulto
    Não há pegadas no passeio, apenas marcas imorais,
    A mensagem corre em loop como instrumentais
    Com longo poder de alcance vingamos a médio prazo
    Lutamos anos à frente, no presente que é um acaso
    Destinados a morrer, ou encarnados em canções
    Hoje vemos a causa, talvez depois as recordações
    A juventude cresce ao sabor destas palavras
    Só vocês dirão, serão assim tão vagas?


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