Acha Que a Vida É Um Morango

Força e crítica social em “Acha Que a Vida É Um Morango”

Em “Acha Que a Vida É Um Morango”, Slipmami usa a expressão popular para ironizar quem acredita que a vida é fácil, especialmente para pessoas negras e periféricas. Ao dizer “Eu ando como chefona / Sempre com a minha marra de negrona”, ela afirma seu orgulho racial e desafia estereótipos, mostrando autoconfiança e resistência diante das dificuldades. O tom da música é direto e confrontador, deixando claro que sua trajetória é marcada por luta, não por privilégios.

A letra também aborda rivalidade feminina, desejo de ascensão social e crítica ao racismo estrutural. No trecho “Não gosto de tu porque tu acha que a vida é um morango / Eu sou da VU, agora que apareceu um banco / Ele rendeu pra mim, e eu vi que ele é branco / Não gosto de apartheid, esse branquin eu tanko”, Slipmami expõe tensões raciais e sociais, ironizando relações de interesse e poder. Ao afirmar “Faço o certo pelo certo, universo abençoa”, ela reforça que suas conquistas vêm do próprio esforço. A artista valoriza sua autenticidade, como mostra em “Não forço simpatia, essa é a minha essência”, e transforma a música em um manifesto de força, autenticidade e crítica social, usando a gíria do “morango” para desmascarar ilusões e mostrar a realidade dura de quem vem da periferia.